Capital

Confiança do empresário de Maceió permanece estável

Por Redação com assessoria 14/03/2016 20h08

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de Maceió apresentou, em fevereiro, uma redução discreta de 0,84%, segundo dados da pesquisa desenvolvida pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas, Estudos e Desenvolvimento de Alagoas (IFEPD AL) em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Na análise do Instituto, a estabilidade do indicador demonstra que o mês de fevereiro prometia dar sequência à melhora apresentada nas vendas do final de ano – que surpreendeu os empresários da capital – e ao movimento natural de início de ano, onde geralmente há um aumento de produtos ligados a materiais escolares e de colônias de férias. Nesse contexto, alguns setores continuaram com demanda em alta, como os serviços de turismo, bebidas e alimentos.

“A expectativa do empresário apresenta esse viés mais estável porque os consumidores passam os quatro primeiros meses do ano pagando muitos impostos e, por isso, deixam mais de consumir. Além disso, o carnaval não impacta tanto na economia como, por exemplo, as festas de final de ano”, ressalta Felippe Rocha, assessor econômico da Fecomércio.

Percentuais

O ICF é formado por três subindicadores: o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio, que estuda as percepções dos empresários do setor sobre a dinâmica da economia, do comércio e sobre o seu setor no curto prazo; o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio, que investiga a sensibilidade do empresário com relação à economia nacional do comércio e do seu setor de médio a longo prazo; e o Índice de Investimentos do Empresário do Comércio, o qual investiga a dinâmica do empresário sobre suas intenções de fazer novos investimentos, contratações de funcionários e seu nível de estoques atual, sendo um bom indicador de curto-médio prazo.

“Ao analisar estes subindicadores, percebemos que em fevereiro houve uma melhoria de 10,92%. Isso demonstra que os empresários estavam confiantes sobre suas vendas no mês carnavalesco. Também registramos uma elevação nos indicadores sobre condições da economia (10,9%), do comércio (9,4%) e das empresas do setor do comércio (11,81%)”, disse.

Apesar da elevação destes percentuais ser considerada positiva, a pesquisa do Instituto Fecomércio AL revelou que houve uma piora de 1,68% no indicador que avalia as condições de longo prazo sobre a economia brasileira, o comércio e as empresas comerciais.

O desempenho negativo também foi apontado no índice de investimentos. Este indicador, que analisa a retomada do crescimento via contratação de funcionários e novos investimentos, caiu 5,4%. Essa queda foi puxada pelo indicador de intenção de contratação de funcionários, que apresentou uma redução de 13,89%.

Já o desempenho do indicador que mensura a situação atual de estoques registrou retração de 4,3%. Apesar desse resultado, o especialista explica que foi positivo, pois “estoques menores significam que os empresários devem adquirir novos produtos para repô-los, o que sinaliza uma movimentação de produtos e a dinâmica do mercado”, pondera o especialista.