Estado ingressa com mandado de segurança no STF para correção de juros
O Estado de Alagoas ingressou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal buscando a correção da forma do cálculo da dívida pública com a União. A Procuradoria-geral do Estado quer que Alagoas receba o mesmo tratamento dado a Santa Cantarina, que na semana passada conseguiu no plenário do STF uma liminar suspendendo a forma do pagamento.
A dívida alagoana atualmente gira em torno de R$ 8,1 bilhões, com o pagamento de juros mensais de cerca de R$ 52,6 milhões. A decisão para o ingresso com a ação recebeu o pleno apoio do governador Renan Filho.
Se o mandado de segurança for deferido pelo ministro Luiz Fux, o Estado vai zerar a dívida até a análise do mérito, como explicou o procurador-geral do Estado, Francisco Malaquias. “Alagoas tem uma situação praticamente igual a dos catarinenses. Essa decisão deles pode ser considerada histórica, pois gera repercussão nos demais entes federativos”, acrescentou, informando que o ingresso no STF foi protocolado pelo Núcleo da PGE em Brasília.
O Estado pretende fazer que a correção da dívida passe a ser feita com juros simples, ou seja, corrigida sobre o valor principal e não com juros compostos, o popular “juros sobre juros”, que faz com que a dívida apenas aumente e fique cada vez mais difícil de ser quitada. Dessa forma, o valor já pago pelo Estado durante todo esse tempo já cobriria o total da dívida. O Rio Grande do Sul já conseguiu uma liminar idêntica a dos catarinenses e outros estados estão ingressando no Supremo em busca do mesmo direito.
Desde o início da dívida, contraída ainda no século passado e no valor de R$ 2,3 bilhões, Alagoas já pagou à União cerca de R$ 4,8 bilhões e ainda deve no mínimo R$ 6 bilhões, isso se for levado em conta à adesão a Lei Complementar 148. A situação também está judicializada devido a um recurso movido pela União e que teve uma liminar obtida pela PGE, que assegurou a forma de correção dos juros.
O Estado paga mensalmente de juros cerca de R$ 52,6 milhões. Com a decisão este valor cairá para um pouco mais de R$ 4 milhões. A diferença será aplicada em investimentos como já confirmou o governador. “A nossa busca é por autonomia financeira, para que possamos ter recursos que viabilizem a construção de uma nova Alagoas”, explicou o procurador-geral Francisco Malaquias.
Últimas notícias
Projeto Arte Capoeira reúne 400 crianças da rede municipal em festival na Pajuçara
Produção agroecológica em Maceió impulsiona renda, afirma secretário de Agricultura
Detran lança transferência 100% digital de veículos com presença de Paulo Dantas
Semana de operações da PM-AL registra 25 armas e 12 kg de drogas apreendidos
Discussão entre Kelmann e irmão de Marina Cintra repercute após postagem da ex-primeira dama
Veja como é a cela onde Jair Bolsonaro cumpre prisão preventiva em Brasília
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Motociclista perde controle e cai na AL 220, em Limoeiro de Anadia
Ex é presa suspeita de matar médico em Arapiraca; ela o acusou de estuprar a filha deles
