Movimentos pró e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff se organizam em atos que serão realizados em Maceió no próximo domingo (17), dia em que acontece a votação do impeachment na Câmara dos Deputados, em Brasília. Uma caravana partiu de Maceió nesta sexta-feira (15), com 50 pessoas para dar apoio à presidente.

Em duas frentes, a orla de Maceió será o local de concentração do Movimento Brasil, em defesa da saída de Dilma da presidência e o Movimento Frente Brasil Popular, que sai a favor da permanência da petista no poder.

O Movimento Brasil se concentra no Alagoinhas, localizado no bairro da Ponta Verde, a partir das 13h. Um telão será colocado no local para o acompanhamento da votação. Artistas locais também devem movimentar o ato em um trio elétrico.

O Movimento Frente Brasil Popular se reúne também no domingo, a partir das 12h nas proximidades da Praça Multieventos, localizada no bairro da Pajuçara. O secretário de organização do movimento, Izac Jackson, estima que cerca de duas mil pessoas, dentre estudantes, militantes, dirigentes, pessoas ligadas aos movimentos sociais e culturais e grupos afros, compareçam ao local.

Na manhã desta sexta-feira (15), organizadores dos dois movimentos se reúnem com o Comando Geral da Polícia Militar para discutir como as ações serão planejadas e executadas de forma que não causem tumultos e transtornos. Izac se diz confiante de que o resultado de domingo favoreça a presidente Dilma Rousseff.

“Estamos com muita expectativa de que o golpe seja barrado no domingo. A primeira meta é alcançar 171 votos a favor de Dilma e a segunda é trabalhar para que eles [pró – impeachment] não tenham os 342. Mas nossa manifestação será pacífica e organizada”, afirma. Ele acrescenta, ainda, que independente do resultado de domingo, o movimento estará à frente de ações para cobrar também do governo federal projetos que favoreçam à classe trabalhista.

“As manifestações não se dissolvem após o domingo, seja qualquer resultado, a Frente Popular se fortalece à luta, porque esse é o nosso dever. Temos autonomia, não concordamos com tudo que o governo fez. Mas qualquer resultado que seja, a sociedade sai fortalecida porque as pessoas vão estar na rua”, finaliza.