Produtores alagoanos investem na produção de surubim para alavancar vendas
Alagoas sempre se destacou na produção de tilápias, chegando a 2 mil toneladas do pescado por ano. No entanto, um novo peixe vem ganhando espaço entre os aquicultores do Estado: o surubim. Peixe muito encontrado durante muitos anos no rio São Francisco, de excelente sabor e considerado nobre, o surubim vem sendo produzido desde o ano passado e conquistando muitos produtores alagoanos.
A nova variedade de surubim produzida aqui no Estado se alimenta de ração forrageira, da mesma forma que a tilápia. Desta forma, o peixe que antes só era encontrado em sua espécie carnívora, com custo de produção mais alto, agora se tornou uma alternativa viável, uma vez que a ração forrageira chega a ser 50% mais barata.
Segundo dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura de Alagoas, no ano de 2015 foram produzidas 2 toneladas de surubim e, para 2016, a expectativa é que sejam produzidas 20 toneladas do pescado.
Gustavo Castro, proprietário da Lagoa Escura Pescados, resolveu investir na espécie recentemente e, este ano, começou a fazer alguns testes em seus 2 hectares de lagoa. De início, o empresário investiu em 5 mil alevinos. Para Gustavo, o que o atraiu no surubim foi sua grande aceitação e valor no mercado.
“O surubim me atraiu pelo fato de se alimentar de ração, assim como a tilápia, além de ser um peixe diferente, nobre e bem quisto no mercado, tendo um valor maior que a própria tilápia, que, hoje, custa R$10 o quilo; o surubim chega a R $30 o quilo”, lembrou Gustavo Castro.
Ainda segundo ele, vários restaurantes e hotéis da região Norte e de Maceió já começaram a conhecer o peixe e, aos poucos, deverá ser implantado nos cardápios.
Proprietário da Dubosque, Carlos Henrique também decidiu investir no surubim, desde maio de 2015. Atualmente, fornece o pescado para restaurantes aqui em Alagoas e também para empresas da Bahia. Com 4 hectares e 250 tanques dedicados ao pescado, produz 2 toneladas mensais.
“Resolvi investir no surubim por possuir um valor agregado bem maior, chegando a 55% de lucratividade. Minha expectativa é poder dobrar a minha produção até o final deste ano”, afirmou Henrique.
Hoje, a Secretaria de Agricultura vem atuando com os aquicultores no sentido de divulgar a nova cultura e dar apoio para o desenvolvimento da produção. Além disso, desenvolve a Feira do Peixe Vivo, oportunidade para que os produtores possam divulgar e comercializar seus produtos. Na última edição da feira, realizada na Semana Santa deste ano, foi comercializada mais de meia tonelada de surubim.
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