Pichações: Academia Alagoana de Letras busca ajuda financeira para reformas

O prédio da Academia Alagoana de Letras (AAL), localizado no Centro de Maceió, foi construído no início do século XX e passou recentemente por reformas, mas a direção da casa vê novamente a necessidade de uma nova reestruturação na pintura, devido as constantes pichações e atos de vandalismos contra o patrimônio público.
O crime, além de ofuscar a beleza da cidade, também demonstra descrédito quanto à memória e cultura do povo alagoano. O prédio da AAL é apenas um exemplo, dos inúmeros patrimônios que foram alvos de frases e palavras de ordens sobre a atual conjuntura política que o Brasil se encontra.
O vice-presidente da AAL, Rostan Landerly, considera as pichações um ato de irresponsabilidade por parte dos criminosos e afirma ter ficado assustado com a sujeira deixada nas paredes do prédio. “[pichadores] São uns irresponsáveis, uns vândalos. Eles macularam e feriram o coração da cultura alagoana. A pichação chocou em demasia os 40 integrantes da Academia Alagoana de Letras”.
A historiadora, Solange Lages, acredita que o vandalismo é uma consequência do desrespeito à própria história e da falta de conhecimento sobre a importância da preservação não somente do prédio, como do significado simbólico correspondente a casa.
“A academia é um marco, principalmente porque começou como uma escola. Acho que não há nada mais importante do que uma escola, aquela que prepara as crianças para o futuro. E depois, ela teve essa destinação muito bonita, e se tornou o local onde a literatura é cultivada ao nível de comunidade. Quem faz isso não conhece a história da nossa cidade, não respeita os nossos valores e não tem oportunidade de estudar e aprender que tudo isso deve ser respeitado”, afirma.
Pichar prédio público é considerado crime e pode resultar em multa e até mesmo em prisão, que pode chegar de seis meses a três anos.
Agora a direção da Academia não possui recursos financeiros para realizar as pinturas das paredes do prédio, e o vice-presidente afirma estar buscando ajuda para a reforma. “Não temos ideia de quanto será gasto. Começamos a buscar ajuda na iniciativa privada com pessoas que tenham a boa vontade de contribuir, como sempre fizeram, para que a casa seja recuperada”.
Teatro Deodoro
A ação do tempo desbotou as cores das paredes e das portas do Teatro Deodoro, que também se localiza no Centro da capital. Além da cor já degradada, a direção se preocupa também com a limpeza da sujeira marcada pelas pichações. Quem passa pelo local, observa palavras como “Fora Temer”, “Cultura contra o golpe” e frases de descontentamento com a política brasileira.
A secretária de Cultura do Estado de Alagoas, Melina Freitas, lamentou os episódios e afirma que a direção do teatro está colabora com a polícia para punir os responsáveis. “Quando isto acontece, autuamos a administração do prédio publico que recebeu esse tipo de ação criminosa, e a partir deste momento, a polícia toma a frente das investigações para punir os responsáveis. Nós nos responsabilizamos pela recuperação”, finaliza.
Confira matéria da TV Ponta Verde SBT Canal 05
Últimas notícias

Homem é preso com drogas ao tentar fugir da polícia em Arapiraca

Prefeito Fernando Cavalcante prepara inaugurações em Matriz de Camaragibe

Funcionários são presos por esquema de desvio de mercadorias industriais avaliadas em cerca de R$ 1 milhão

Arapiraca investe em novo corredor viário para conectar Vila São José e Vila Aparecida

Prefeito Luciano define novos projetos viários e de mobilidade urbana em Arapiraca

Prefeita de Palmeira dos Índios segue internada, mas com quadro de saúde estável
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
