Avaliação fiscal do governo alerta os municípios para mais redução no FPM

A expectativa de arrecadação do governo federal para esse ano não é nada animadora, segundo alerta na Confederação Nacional de Municípios (CNM). A equipe técnica da entidade analisou o Relatório de Avaliação Fiscal e Cumprimento de Meta divulgado pelo Ministério do Planejamento, referente ao terceiro bimestre deste ano, e alerta aos gestores locais para as previsões pessimistas. Inclusive, de mais redução no Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Com base na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o relatório evidência as perspectivas econômicas para o ano e a realização de receitas e despesas orçamentárias, com o objetivo de controlar a obtenção da meta fiscal estabelecida. Dentre as considerações feitas pela CNM, a partir dos números, está o impacto negativo das perspectivas econômicas divulgado em relatórios ao longo de 2016. Resultado negativo que fica mais acentuado quando comparado a previsão do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
O governo tem reduzido a expectativa do FPM, desde a publicação da LOA, e as projeções estão cada vez menores a cada publicação dos relatórios, segundo explica a Confederação. A LOA estimou o Fundo Constitucional em R$ 99,6 bilhões. Entretanto, nesse último relatório, a estimativa é de R$ 86,1 bilhões – redução superior a 13%, segundo cálculo da entidade. Este ano, o FPM será de 24,5% do montante arrecadado de Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Assim, o Fundo deve ficar em torno de R$ 86,1 bilhões este ano, considerando os repasses extras de julho e dezembro.
A CNM percebe que as significativas reduções do IR – responsável por mais de 85% do FPM – pode tornar a retração do Fundo ainda pior. Apesar de o imposto não apresentar redução tão expressiva nesse último relatório, a expectativa de recolhimento mantém-se pessimista. A análise da entidade aponta que na LOA a arrecadação do IR foi prevista em R$ 350,5 bilhões. Já nessa 3.º avaliação do governo, o valor diminuiu para R$ 311,6 – o que presenta redução de 11,1%. Comparando do IR, indicados da segunda para a terceira avaliação, o valor é 0,25%, menor.
Na estimativa do IPI, a equipe técnica da CNM também aponta redução nas estimativas e indica que ele foi o maior responsável pela retração do Fundo, por conta do baixo rendimento e do fraco desempenho da economia. Na LOA, a expectativa de arrecadação foi de R$ 56,1 bilhões e no terceiro relatório a estimativa diminuiu para R$ 43,3 bilhões, ou seja 22,8% a menos. “Ao comparar o atual relatório com o último, nota-se o decréscimo da arrecadação do IPI em 5,46%”, diz a avaliação da CNM.
Diante dos números apresentados pelo governo, a Confederação sinaliza aos gestores municipais que estes valores também tendem a não se concretizarem, e isso deve inviabilizar ainda mais o planejamento orçamentário das Prefeitura. O conselho da entidade municipalista é para que não esperem a confirmação da expectativa de arrecadação federal, pois ainda que se confirme não será suficiente para conter a crise instaurada nos Municípios, causada principalmente pelas despesas inversamente desproporcional às receitas.
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