Sob protestos em Brasília, Senado aprova PEC do Teto em primeiro turno

Por 61 votos favoráveis e 14 contrários, os senadores aprovaram nesta terça-feira (29), em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição 55/2016, a PEC do Teto. O projeto de autoria do governo Michel Temer (PMDB), já aprovado na Câmara dos Deputados, limita o crescimento dos gastos públicos à inflação por 20 anos. Não houve abstenções. A votação no Senado aconteceu em meio a protestos em Brasília.
Cerca de 10 mil estudantes foram em caravanas para a cidade, para manifestação contra a proposta e contra a Medida Provisória que reforma o ensino médio.
Durante a manifestação, que estava pacífica até o fim da noite, um grupo virou dois carros que estavam estacionados em frente ao Congresso Nacional. Nesse momento, o conflito se intensificou e a Polícia Militar jogou bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo para dispersá-los. Com a ação da polícia, o grupo caminhou em direção à Esplanada dos Ministérios.
Houve depredação em prédios de ministérios. Em frente ao da Educação, o grupo queimou lixo e entrou quebrando portas de vidros e espelhos, além de caixas eletrônicos e objetos. Em nota, o ministro Mendonça Filho, que estava em seu gabinete, condenou o quebra-quebra.
A organização estima a participação de 15 mil pessoas, já a PM diz que cerca de 10 mil participam do ato. Os manifestantes gritavam palavras de ordem como “Fora Temer” e “Diretas Já”.
A aprovação recebeu a mesma quantidade de votos favoráveis que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), 61. Isso foi motivo de ironia da oposição para a base aliada de Temer. No momento em que o painel foi aberto, uma das senadoras afirmou: “Não conseguiram 66, não é?”. Mais cedo, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), havia previsto que a votação seria maior do que a que determinou o afastamento da petista.
Entenda a PEC do Teto
Segundo a medida, o governo federal, assim como as outras esferas, poderão gastar o mesmo valor que foi usado no ano anterior, corrigido pela inflação. Apenas para 2017, após uma mudança proposta pelo relator da medida na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), o limite orçamentário das despesas primárias – aquelas que excluem o pagamento de juros da dívida – será o total gasto em 2016 corrigido por 7,2%.
Se for aprovada em segundo turno e sancionada, de 2018 em diante, o limite será o do ano anterior corrigido pela variação do IPCA de 12 meses do período encerrado em junho do ano anterior. No caso de 2018, por exemplo, a inflação usada será a colhida entre julho de 2016 e junho de 2017.
Últimas notícias

Homem dorme nos trilhos do VLT e é salvo por pouco em Maceió

Major da PM invade casa da ex-companheira, faz reféns e ameaça matá-la em Maceió

Homem é morto a tiros dentro de carro em Taquarana

Jovem de 27 anos é assassinado a tiros em Lagoa da Canoa

Carro explode durante abastecimento em posto de gasolina no Centro do Rio de Janeiro

Com único voto contrário, de Cabo Bebeto, Assembleia aprova aumento das custas judiciais em AL
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
