Dia do Índio: exposições de fotos, artefatos e artes plásticas tomam a Casa da Cultura
Programação está dentro da 1ª Semana da Consciência Indígena em Alagoas de Arapiraca
A cultura indígena tem uma gama de valores e costumes muito específicos e isso se deve muito ao olhar que eles têm ao ambiente onde se firmam e à espiritualidade em volta. E nas artes, toda essa essência transparece.
Dessa forma, a 1ª Semana de Consciência Indígena em Alagoas de Arapiraca, na Casa da Cultura, está trazendo diversas exposições para o público conhecer melhor esse universo.
Hoje, quarta-feira (19), é o Dia do Índio – uma boa oportunidade para adentrar nessa seara. A entrada é franca.
Simbologia
Logo na entrada do hall, há a mostra fotográfica do antropólogo social e professor doutor Siloé Amorim, mostrando as várias faces do ressurgimento dos povos indígenas do Sertão, como os Karuazu, Koiupanká, Kalankó e Katokinn, que ocorreu em 1998. Todas as imagens têm uma sensibilidade ímpar, chegando perto dos rituais e das rotinas das famílias – tudo isso em preto e branco.
No mesmo setor, há uma exposição de vários artefatos da etnia Kariri-Xocó, a exemplo de vasos de barro, cocar, maracás, arco e flecha, zarabatanas e louças.
Ao lado, estão também em uma estante diversos livros sobre o assunto, como “Povos Indígenas”, de Jorge Vieira, “Os Kariris de Mirandela: um Grupo Indígena Integrado”, de Maria de Lourdes Bandeira, “Índios do Brasil”, de Júlio César Melatti, “Ameríndia – Morte e Vida”, de Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra, “O Índio na Cultura Brasileira”, de Berta G. Ribeiro, e “Brasil Indígena: 500 Anos de Resistência”, de Benedito Prezia e Eduardo Hoornaert, entre outras publicações.
Subindo as escadas, em direção do auditório da Casa da Cultura, há uma linda exposição da artista plástica Égide Amorim, pinturas indigenistas que denotam todo o seu tato com a causa e com a tradição desses povos que resistem há 517 anos.
Lá, estão as obras “Trambolho”, “Memória Xukuru-Kariri” e a enorme “Casamento Indígena”, de alto valor simbólico.
“Nossa intenção é montar um fórum permanente de discussão desse tema, a partir do que for colhido nessa primeira edição do evento”, comenta o secretário Municipal de Cultura, Lazer e Juventude, Silvestre Rizzatto.
Desde segunda (17), a Casa da Cultura, localizada na Praça Luiz Pereira Lima, bairro do Centro, está promovendo toda essa movimentação (confira como foi a abertura aqui).
Veja aqui a programação completa desta 1ª edição da Semana da Consciência Indígena de Alagoas em Arapiraca:
Dia 17 (segunda-feira)
19h // Abertura com performance de dança Toré // Instalação “A Presença Indígena em Alagoas // Exibição dos documentários “Visadas do Pajé Miguel Celestino” e “José do Chalé”, de Siloé Amorim e Celso Brandão // Exposição da artista plástica Égide Amorim // Mesa-redonda “Povos do Sertão: Resistência”, com o professor doutor Siloé Amorim (Ufal) e professor doutorando Adelson Peixoto (Universidade Católica de Pernambuco) // Explanação de alguns representantes de comunidades indígenas locais //
Dia 18 (terça-feira)
9h // Instalação “A Presença Indígena em Alagoas // Exibição dos documentários “Visadas do Pajé Miguel Celestino” e “José do Chalé”, de Siloé Amorim e Celso Brandão // Exposição da artista plástica Égide Amorim //
14h // Oficina “O Índio no Livro Didático”, com o professor doutor Gilberto Ferreira (SEE) //
Dia 19 (quarta-feira)
9h // Instalação “A Presença Indígena em Alagoas // Exibição dos documentários “Visadas do Pajé Miguel Celestino” e “José do Chalé”, de Siloé Amorim e Celso Brandão // Exposição da artista plástica Égide Amorim //
14h // Oficina “Fontes para a História Indígena”, com o professor doutor Aldemir Barros (Uneal)
Dia 20 (quinta-feira)
9h // Instalação “A Presença Indígena em Alagoas // Exibição dos documentários “Visadas do Pajé Miguel Celestino” e “José do Chalé”, de Siloé Amorim e Celso Brandão // Exposição da artista plástica Égide Amorim //
14h // O Que É Ser Índio na Atualidade: Reflexões sobre Identidade Étnica, com o graduando em História pela Uneal, Cássio Júnior Xukuru-Kariri //
19h // Encerramento com performance poética do escritor, declamador, cantador, professor de Filosofia e pesquisador do povo Xukuru-Kariri, Cosme Rogério Ferreira // Mesa-redonda “Rompendo o Preconceito: a Contribuição do Trabalho Indígena à Economia Local”, com o professor doutor Aldemir Barros (Uneal) e o graduando em História pela Uneal, Cássio Júnior Xukuru-Kariri.
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