Combate ao abuso sexual de crianças reúne entidades em Santana do Ipanema

Com os altos índices de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes registrados em Santana do Ipanema, o juiz titular da 1ª Vara da cidade, Kleber Borba Rocha, realizou uma reunião pública com instituições que atuam na área, na tarde de segunda-feira (22), no Salão do Tribunal do Júri da Comarca.
Confira ao lado vídeo da TV Tribunal
O evento aconteceu em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, instituído para a data de 18 de maio, e debateu a legislação brasileira, a prevenção e o enfrentamento desses casos. De acordo com dados da Secretaria de Assistência Social de Santana do Ipanema, em 2016 foram denunciados 49 casos de abuso ou exploração sexual contra crianças e adolescentes na cidade. Até maio deste ano, já foram registrados 17 novas denúncias.
“Nós temos desenvolvido um trabalho nas escolas e comunidades, orientando sobre a importância de se prevenir, porque constatamos em nosso Município esse ano já um número muito grande de abusos”, informou Vera de Araújo, secretária de Assistência Social da cidade.
Para o juiz responsável pelo evento é importante que os órgãos atuem no combate e prevenção de novos casos. “O objetivo primordial do evento é conscientizar a população, buscar a integração e comunicação entre os órgãos e instituições que formam a rede de proteção da criança e do adolescente”, frisou Kleber Borba.
A pedagoga do Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas), Marta Lemos, explicou que a maioria dos casos de agressões registrados em Santana do Ipanema são praticados por integrantes da família ou pessoas próximas à criança, e o medo de denunciar o agressor é uma das principais problemáticas desse tipo de crime.
“Nas palestras que realizamos nas escolas, nos postos de saúde, nós percebemos que há um medo da sociedade de fazer a denúncia. São professores que nos procuram para conversar sobre casos que eles percebem nas escolas, agentes comunitários de saúde, mas por estarem muito próximos da criança e da família, têm medo de denunciar”, destacou a pedagoga.
Para Marta Lemos, a melhor maneira de combater esses casos é falando sobre o tema com a sociedade. “A violência sexual infelizmente é questão cultural e quanto mais nós falarmos sobre o tema e mostrarmos à sociedade a gravidade disso, mais se abre um leque tanto para a denúncia quanto para a prevenção”, completou.
O conselheiro tutelar Cristiano reforça a importância de denunciar o agressor por meio de canais como o “disque 100” para prevenir a ocorrência de novos casos e assegurar a proteção das vítimas. “A partir do momento que se denuncia, você está fazendo com que não aumentem esses casos que, infelizmente, têm crescido muito nos últimos anos”.
Veja também
Últimas notícias

Juizados da Mulher da Capital e de Arapiraca analisam 256 processos de violência doméstica

Motociclista fica gravemente ferido após colidir contra poste na Mangabeiras

Unidade do Hemocentro de Arapiraca tem nova gerente

Mãe denuncia negligência médica após perder bebê em hospital de Maceió

Delmiro Gouveia recebe projeto “Pianusco - Som das Águas” neste sábado

Leonardo Dias comemora mudanças em portaria sobre distribuição de PAEs na Rede Municipal
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
