Supermercados desejam conquistar o direito de funcionar o ano inteiro
O setor garante manter a folga e o pagamento do dia trabalhado
Por considerar um serviço essencial para a sociedade e evitar prejuízos, os empresários do segmento supermercadista de Alagoas estão se organizando no sentido de propor uma convenção coletiva específica para os supermercados. Isso porque os empresários defendem a necessidade do funcionamento dos estabelecimentos durante todo o ano, inclusive nos dias 1º de janeiro, 1º de maio, Dia do Comerciário (em julho) e 25 de dezembro. O setor propõe as folgas para os funcionários dos estabelecimentos de modo a não gerar prejuízos trabalhistas e o pagamento do dia trabalhado.
Para o presidente da Associação dos Supermercados de Alagoas (ASA), Raimundo Barreto, uma prova da importância da abertura dos supermercados em feriados se traduz na procura do consumidor. Segundo ele, devido à vida atribulada, muitas pessoas aproveitam os feriados para fazer feira. Para o setor, a abertura também é importante, pois o segmento trabalha com produtos perecíveis e deixar de vender significa amargar prejuízos com a perda de vários itens. “Nossa proposta é que todo mundo folgue, todo mundo trabalhe e ninguém perca”, explicou Barreto.
O segmento de farmácias, por exemplo, também tem uma flexibilidade na convenção coletiva, pois é considerado um serviço essencial. Assim como postos de combustíveis e restaurantes. A ASA defende que a convenção coletiva dos supermercados fique independente dos segmentos de vestuários, calçados, perfumaria, entre outros.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) está sensível à reivindicação da ASA, inclusive destaca a importância do setor no que se refere aos empregos gerados no Estado. De acordo com o presidente da Federação, Wilton Malta, somente nos 12 feriados de 2017, a perda para o comércio em geral, no Estado, corresponde a R$ 613 milhões, sendo R$ 252 milhões do setor de supermercados. Ele ressalta que o excessivo número de feriados é nocivo para o setor produtivo. “Esse prejuízo só acentua mediante a grave crise econômica”, declarou.
Um dia fechado nos supermercados de Alagoas equivale a uma perda de R$ 21 milhões, ou seja, considerando os quatro dias em questão na convenção coletiva resultam em uma perda de R$ 84 milhões. Em Alagoas, existe um total de 12.823 entre minimercados, armazéns, mercearias e supermercados.
Malta destaca ainda que o País ainda está vivenciando uma crise econômica e política violenta, o que, naturalmente, repercute diretamente no desempenho do comércio e na geração de empregos. Em Alagoas, o setor representado pela Fecomércio representa 72% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.
Veja também
Últimas notícias
Adolescente foge de casa e pede ajuda após ser impedida pelo marido em Penedo
Jovem acusado de estupro é preso no Sertão de Alagoas
Projeto que leva água para comunidades do Sertão de AL realiza ‘treinão’ em Maceió para arrecadas fundos
Papagaios-do-mangue e jabutis chegam a AL com missão de contribuir para refaunação e replantio de florestas
Cabo Bebeto aponta descaso na Sesau e revela racionamento de insulina
JHC supera Renan Filho em pesquisa para o governo de Alagoas; veja os números
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
