Segundo a CNT, 64,9% das rodovias de AL são boas ou ótimas
Saiu nesta quarta-feira (07) a 21ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, que avaliou os 511 km que cortam Alagoas e concluiu que 64,9% das rodovias foram avaliadas como ótima ou boa. Em contrapartida, 35,1% (276 km) foram avaliados como regular, ruim ou péssima. A pesquisa percorreu 787 km, analisando diversos aspectos das estradas federais e estaduais do Brasil.
Devido às condições do pavimento, em Alagoas, a CNT apontou o acréscimo do custo operacional que chegou a 11,1% no transporte rodoviário, valor bem abaixo dos 27% de média nacional no país.
Só para as ações emergenciais de reconstrução e restauração das vias (trechos com a superfície do pavimento apresentando trincas em malha, remendos, afundamentos, ondulações ou buracos), com a implementação de sinalização adequada, estima-se que são necessários R$ 38,41 milhões, segundo a avaliação da Confederação. Para a manutenção dos trechos classificados como desgastados, estima-se cerca de R$ 120,12 milhões. Dois trechos com quedas de barreira e um com erosão na pista foram identificados pela pesquisa, porém os locais não foram divulgados pela CNT.
Dados Nacionais
A 21ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias avaliou 105.814 km de rodovias, um acréscimo de 2.555 km (+2,5%) em relação a 2016. Foi percorrida toda a extensão pavimentada das rodovias federais e das principais rodovias estaduais do país.
Neste ano, a pesquisa constatou uma queda na qualidade do estado geral das rodovias pesquisadas. A classificação regular, ruim ou péssima atingiu 61,8%, enquanto em 2016 esse índice era de 58,2%. Em 2017, 38,2% das rodovias foram consideradas em bom ou ótimo estado, enquanto um ano atrás esse percentual era de 41,8%.
A sinalização foi o aspecto que mais se deteriorou. Em 2017, o percentual da extensão de rodovias com sinalização ótima ou boa caiu para 40,8%, enquanto no ano passado 48,3% haviam atingido esse patamar.
Neste ano, a maior parte da sinalização (59,2%) foi considerada regular, ruim ou péssima. Em relação à qualidade do pavimento, a pesquisa indica que metade (50,0%) apresenta qualidade regular, ruim ou péssima. Em 2016, o percentual era de 48,3%.
Falta de investimentos
“A queda na qualidade das rodovias brasileiras tem relação direta com um histórico de baixos investimentos em infraestrutura rodoviária e com a crise econômica dos últimos anos ”, afirma o presidente da CNT, Clésio Andrade. Segundo ele, a drástica redução dos investimentos públicos federais a partir de 2011 levou a um agravamento da situação das rodovias.