Torcedores passam por momentos de terror em jogo de futebol em Recife
A noite desta quarta (7) foi marcada pela violência no futebol nordestino. Além dos episódios de violência em Arapiraca, onde integrantes de torcida organizada do ASA agrediram com pedras e bombas o ônibus o time CRB, após a partida futebolística, Pernambuco foi palco de terror em campo. Durante partida entre os times Santa Cruz e Sport, na Ilha do Retiro, em Recife, uma confusão foi iniciada e cerca de 60 pessoas ficaram feridas.
Bernardino Vieira, pai da jovem Ana Beatriz Vieira, de 15 anos, falou sobre os momentos de agressão: "Só vi quando estava no chão, todo mundo descendo. Ela estava junto comigo, para protegê-la a coloquei nas minhas costas, mas a gente veio descendo muitos degraus na hora do gol, como uma avalanche" contou enquanto acordava a filha em meio aos desmaios.
Queixas da torcida
"A gente estava comemorando o gol do Santa Cruz, aí os policiais começaram a empurrar a torcida. Parecia uma avalanche, todo mundo caindo, um em cima do outro. A torcida não teve culpa, foram os policiais que zeram isso. Pessoas com fraturas, um homem teve uma convulsão atrás da outra, isso é uma injustiça", disse o torcedor Jonas dos Santos, de 28 anos, sentado em uma cadeira de rodas e com o joelho esquerdo enfaixado enquanto esperava atendimento.
Após o gol de empate, feito pelo Santa Cruz, um torcedor tricolor acendeu um sinalizador nas arquibancadas, o que gerou uma grande confusão. A Polícia Militar tentou coibir o ato e acabou provocando muito corre-corre, torcedores seriamente machucados ao descer os degraus das arquibancadas - alguns com fratura exposta.