Papa Francisco pede esperança, paz e diálogo entre povos
Em sua mensagem de Páscoa na manhã deste domingo (1), o papa Francisco pediu esperança, paz e diálogo entre os povos na resolução de conflitos. A mensagem vale para o mundo todo, mas o papa colocou especial ênfase nos países em conflito no Oriente Médio.
"Hoje pedimos frutos de paz para o mundo inteiro, começando pela amada e atormentada Síria, cuja população se esgota numa guerra que não vê fim", afirmou Francisco em pronunciamento aos fiéis na Praça de São Marcos, no Vaticano em Roma. Milhares de pessoas acompanharam a mensagem de Páscoa do papa, depois de uma missa na Basílica de São Pedro.
"A luz de Cristo ilumina as consciências de todos os líderes políticos e militares, para que o extermínio em progresso possa ser encerrado imediatamente, seja respeitado o direito humanitário e seja facilitado o acesso à ajuda que nossos irmãos e irmãs necessitam urgentemente", disse o Papa durante a mensagem "Urbi et Orbi" (À cidade de Roma e ao mundo).
Ele ressaltou que a esperança é necessária em meio às injustiças e violência do mundo. "Nós, cristãos, acreditamos e sabemos que a ressurreição de Cristo é a verdadeira esperança do mundo, a que não decepciona", afirmou. "Esperança e dignidade para trazer nossa história, marcada por tantas injustiças e violência, onde há miséria e exclusão, onde há fome e falta de trabalho, entre refugiados, muitas vezes rejeitados, às vítimas do narcotráfico, do tráfico de pessoas e da escravidão de nossos tempos", acrescentou o pontífice.
O papa também pediu diálogo na Terra Santa. "Frutos de reconciliação invocamos para a Terra Santa, até hoje ferida por conflitos abertos que não poupam os indefesos, para o Iêmen e para todo o Oriente Médio, para que o diálogo e o respeito mútuo prevaleça sobre as divisões e a violência. Que os nossos irmãos, que muitas vezes sofrem abusos e perseguições, sejam testemunhas luminosas do ressuscitado e da vitória do bem sobre o mal", disse.
Após ler a mensagem de Páscoa, o papa desceu à praça para cumprimentar os fiéis. A segurança no local estava reforçada. Longas filas formaram-se para poder acessar o local. Todos os presentes deviam passar por detectores de metais, e vias no entorno foram fechadas. Recentemente, o papa Francisco foi alvo de ameaças do grupo terrorista Estado Islâmico.