No Diário Oficial do Poder Legislativo de Alagoas, publicado no último dia 20, um nome chama atenção, dentre os muitos novos funcionários da Assembleia: Juliana Kummer Freitas dos Santos. A moça já foi primeira dama de Traipu, na gestão de Marcos Santos.

Juliana quase concorreu à prefeitura da cidade nas eleições de 2016, e já foi presa, em 2011, acusada de fazer parte de esquemas de corrupção do então marido e prefeito de Traipu Marcos Santos.

No processo por improbidade administrativa, o ex-gestor foi acusado de desviar quase meio milhão de reais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), verba federal repassada aos municípios brasileiros através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Juliana foi apontada como laranja do marido, e acusada de usar o recurso para compras particulares para sua casa. A ação ainda não foi transitada em julgado.

O cargo obtido pela ex-primeira-dama é comissionado, ou seja, não necessita de concurso e é temporário. Outro detalhe intrigante da contratação de Juliana pela ALE é que a mesma não é uma funcionária qualquer: foi lotada com a maior remuneração (vencimento) possível para cargos comissionados. Seu salário bruto é de R$ 8.040,00, fora descontos; foi-lhe garantida ainda a Gratificação por Dedicação Exclusiva (GDE), cujos valores são desconhecidos e não listados nas leis que a regem.

O 7Segundos tentou o contato com a Assembleia Legislativa de Alagoas, para questionar qual o trabalho que Juliana irá desempenhar, em qual gabinete foi lotada ou se a mesma está residindo em Maceió ou Traipu. Até o encerramento desta matéria, nossa reportagem não obteve respostas.