"Não sabia se era polícia ou bandido", diz motorista sobre operação que prendeu Pretinho Boiadeiro
O guarda municipal de Batalha e motorista da família Boiadeiro, Dalbério José Menezes, concedeu entrevista ao jornalista Alves Correia, na Rádio Gazeta FM Arapiraca, sobre a ação da polícia no último dia 02, que resultou em sua prisão e na detenção de José Anselmo Cavalcante, o Pretinho Boiadeiro. Na ocasião, os dois foram detidos por porte ilegal de arma de fogo e desobediência, sendo liberados no dia seguinte.
Dalbério afirma que, no momento em que a polícia entrou na fazenda da família, em Craíbas, não havia caracterização de que eram policiais e que, por isso, fugiram, acreditando ser uma emboscada:
“A gente não ia sair, porque a gente não ia confiar de jeito nenhum, porque não sabia se era polícia ou não. Aí nós fomos embora. Eu deixei Preto no quartel e eles não seguiram a gente, porque não tinham condições de seguir a gente, como medida de segurança, e fui para casa onde eu fico"[sic]."
A casa que Dalbério cita é a residência da avó de Pretinho Boiadeiro. Foi lá que a polícia o encontrou e prendeu.
“Chegando lá, eu peguei a arma registrada de Preto, que estava debaixo do colchão, e peguei um revólver meu, que era ilegal, e coloquei dentro da caminhonete. Por que eu fiz isso? Porque na casa mora uma senhora de 74 anos e um rapaz que é doente. Eu fui lá tirar as armas da casa, para que quando a Polícia chegasse lá, não fizesse bagunça, e a senhora ter um ataque cardíaco. E já foi invadido uma vez, sem necessidade.
Aí, eles foram lá. Eu disse: ‘não abra a porta não, porque eu não sei se é polícia ou bandido aí’. Agora, quando eles entraram na casa, eles já estavam com a farda, todo mundo fardado. [Os que foram na fazenda em Craíbas] não tinham identificação nenhuma.
Eu passei quase uma hora dentro da casa com seis homens, tudo me pressionando, para saber onde que estava o rapaz [Baixinho Boiadeiro]. E eu dizendo: ‘eu não sei onde que está esse rapaz’[sic]”.
O motorista alega que não houve troca de tiros com a polícia na fazenda de Craíbas, pois as armas só teriam sido pegas por ele após deixar Pretinho no Batalhão. “Não tinha como ter tiroteio, porque a gente não estava armado”, afirma.
Dalbério finaliza seu relato rebatendo o argumento de que a caminhonete usada, por ser blindada, tinha destino criminoso: “Quero dizer que carro blindado gente de bem usa sim. Usa quem tem dinheiro. Eu não sou bandido, sou homem de bem, puxaram minha ficha na delegacia, não tenho nenhum antecedente criminal”.
Relembre o caso
No último dia 02, a Polícia Civil, sob o comando do delegado Thiago Prado, foi até a fazenda da família Boiadeiro em Craíbas, sob suspeita de que Baixinho Boiadeiro estaria ali escondido. Baixinho é procurado pelos crimes de lesão corporal contra Emílio Dantas e pelo homicídio do vereador de Batalha Tony Pretinho.
Segundo informações da PC, ao verem a chegada da polícia, que tinha como identificador um giroflex (sinal luminoso do carro), três pessoas teriam trocado tiros com os agentes e fugido usando uma caminhonete blindada.
Enquanto as buscas eram feitas, os agentes receberam a informação de que Pretinho Boiadeiro estava no Batalhão de Polícia Militar de Arapiraca, sob argumento de que estava ali para se proteger de uma emboscada que havia ocorrido em sua propriedade. Esta atitude foi interpretada pela polícia como tentativa de distrair os agentes, que buscavam seu irmão, Baixinho Boiadeiro.
A equipe da PC encontrou Dalbério na casa da avó de Pretinho Boiadeiro, onde o mesmo foi detido após armas e munições serem achadas na caminhonete usada na fuga.
Confira a nossa entrevista com o delegado Thiago Prado sobre a operação:
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