Boulos vai ao STF contra Eduardo Bolsonaro por calúnia e difamação
Pré-candidato à Presidência pelo PSOL e coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos entrou com uma queixa-crime no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL), por calúnia e difamação.
A petição foi protocolada no Supremo nesta quinta-feira (10) e está sob relatoria do ministro Marco Aurélio Mello. No documento, Boulos lista uma série de postagens de Bolsonaro no Twitter em que o deputado associa a ocupação do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou após um incêndio no dia 1º de maio, ao MTST --o prédio, no entanto, era ocupado por outro movimento, o MLSM (Movimento de Luta Social por Moradia).
Na rede social, Bolsonaro também postou uma foto em que Boulos aparece ao lado de diversas personalidades ligadas à esquerda, como o vereador Eduardo Suplicy (PT), o cantor Caetano Veloso e a atriz Sônia Braga.
"Nenhum deles morava no prédio invadido pelo MTST em São Paulo. Tdos são coniventes c/os R$ 400 cobrados de aluguel na localidade, segundo informações (sic)", escreveu o deputado, o que Boulos classifica como a "continuidade de ofensas criminosas" contra ele.
Em mais um tuíte, Bolsonaro afirmou que "confundir o MTST com o MLSM é o mesmo que confundir CV com PCC".
"Além dos lados opostos na visão ideológica e atuação política, o Querelado [Bolsonaro] pretende vincular, falseando, a imagem e nome do Querelante [Boulos] ao imenso desastre", diz Boulos na petição.
O pré-candidato do PSOL afirma que Bolsonaro abusa da manifestação de pensamento visando "benefícios escusos, ligados à disputa política" e que, fazendo uso de suas "eventuais imunidades parlamentares", deixa de informar aos seus seguidores e "ultrapassa os limites do constitucionalmente aceitável".
Boulos ainda diz que a atitude de Bolsonaro, além de imputar crime a ele, também "procurou macular sua honra", "desqualificando" sua imagem.
O pré-candidato pede, então, que o STF julgue e condene o deputado de acordo com as sanções penais impostas pelos artigos 138 e 139 do Código Penal, que somadas podem chegar a até três anos de prisão, além de multa.
Procurados pela reportagem, Boulos e Bolsonaro ainda não se manifestaram.
Veja também
Últimas notícias
Enem 2025: segundo dia de provas é encerrado em todo o Brasil
Homem é executado a tiros no bairro Feitosa, em Maceió
Menino de 11 anos sofre AVC após acidente em escola
Ex é presa suspeita de matar médico em Arapiraca; ela o acusou de estuprar a filha deles
Polícia Civil inicia investigação de homicídio na cidade de Arapiraca
Mulher destrói carro do marido após flagrar traição em bar de Maceió
Vídeos e noticias mais lidas
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
