Estudo diz que games em excesso podem causar depressão

Passar muito tempo diante da tela é ruim para qualquer um, mas para jovens em idade escolar pode ser ainda pior. Pelo menos é o que sugere um estudo concluído recentemente por pesquisadores da Universidade de Stony Brook, nos Estados Unidos, que relacionou o aumento na taxa de crianças e adolescentes que apresentam sintomas de depressão com o uso excessivo de games e smartphones – e não por conta dos aparelhos em si, mas pela privação do sono associada ao uso deles.
O estudo, que foi conduzido entre os anos de 2014 e 2017, analisou a rotina de 3 mil crianças e adolescentes norte-americanos e a influência dos seus hábitos digitais sobre a saúde. Fatores como o tempo gasto diante da televisão e de jogos eletrônicos, a frequência de acesso às redes sociais e o uso de aplicativos de mensagens e da internet foram cruzados com dados como a quantidade de horas de sono e o humor dos voluntários.
Os resultados do cruzamento apontam que, quanto mais esses jovens ficam diante da tela ao longo do dia, menor é o tempo dedicado ao sono e maiores são os sinais de depressão. A conclusão é simples: a utilização quase indiscriminada de dispositivos eletrônicos, que já vinha sendo associada ao desenvolvimento de problemas de saúde física e mental e à maior probabilidade de isolamento social, é também a vilã que afeta o bem-estar e o rendimento dos jovens em idade escolar.
Gamers estão mais expostos aos sintomas da depressão
O estudo também detectou que diferentes tipos de comportamento exercem influências distintas sobre a saúde dos jovens. Exemplo disso é a conclusão de que crianças e adolescentes que passam mais tempo trocando mensagens com amigos estão menos sujeitos a desenvolver sintomas depressivos do que aqueles que se dedicam mais aos jogos, o que não diminui a gravidade do problema nem ameniza o fato de que o uso excessivo de aparelhos eletrônicos é prejudicial.
A privação de sono entre adolescentes é tão séria que outra pesquisa, desta vez da Universidade de Stanford, também nos Estados Unidos, classificou o problema como epidêmico: em 2015, o índice de jovens que dormiam menos do que deveriam era de assombrosos 90%. A consequência, claro, é a disparada nos índices ansiedade e depressão, além da queda no rendimento escolar causada pela perda na capacidade de concentração – motivos de sobra para pais e educadores repensarem o acesso indiscriminado de crianças e pré-adolescentes a dispositivos eletrônicos.
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