Ministério da Saúde torna Alagoas referência no Método Canguru
Maternidade Escola Santa Mônica foi certificada nesta quinta-feira (28)
Em mais uma iniciativa que reconhece as ações desenvolvidas pelo Governo para reduzir a mortalidade infantil em Alagoas, o Ministério da Saúde (MS) certificou o Estado, na tarde de quinta-feira (28), como referência no Método Canguru. Criado em 2000, por meio da portaria federal 693, ele representa uma estratégia que visa à atenção humanizada ao recém-nascido prematuro e de baixo peso, buscando reverter esta realidade.
Para que alcançar este reconhecimento nacional, a Maternidade Escola Santa Mônica (MESM) implantou as três fases exigidas pelo MS. Além de garantir uma assistência qualificada à mãe e ao recém-nascido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, foi assegurado o contato pele a pele (posição canguru) precoce entre mãe, pai e o bebê, estimulando o vínculo afetivo, garantido a estabilidade térmica e estímulo à amamentação e o desenvolvimento da criança.
Entre as medidas executadas, também foi assegurada a capacitação da equipe multidisciplinar da maternidade, para que possam identificar gestantes em risco de darem à luz a uma criança prematura e de baixo peso. Por meio desta ação, a gestante e a família, ainda durante a gravidez, recebem as orientações sobre os cuidados que devem ser dispensados ao bebê, além de estímulo para estreitem o contato físico e se aproximem da criança após o nascimento.
Por fim, o terceiro passo cumprido pela MESM para a certificação como referência no Método Canguru, segundo destacou a assessora técnica do Programa Saúde da Criança e Aleitamento Materno do MS, Luiza Geaquinto, foi a implantação de um ambulatório. Por meio dele, o bebê e os pais recebem toda a orientação necessária, até a criança atingir o peso de 2,5 quilos.
“No mundo nascem 20 milhões de bebês prematuros e de baixo peso a cada ano. Deste total, um terço morre antes de completar um ano de vida. Mas, graças ao Método Canguru, as crianças prematuras e com baixo peso nascidas especialmente na Maternidade Santa Mônica, têm mais chances de sobreviver e não aumentarem a estatística referente à mortalidade infantil”, evidenciou Luiza Geaquinto, ao abordar o tema Norma de Atenção Humanizada ao Recém-nascido de Baixo Peso.
Constatação – Realidade que pode ser comprovada na história da pequena Emilly Ferreira, de 9 anos, que nasceu na Maternidade Escola Santa Mônica com seis meses de gestação e apenas 865 gramas, segundo recorda a mãe, Edilene Ferreira. Graças ao Método Canguru, mãe e filha ficaram internadas na unidade durante um mês e 26 dias e a vida da garota foi salva, sem ele ela ficasse com nenhuma sequela.
“Foi um verdadeiro sofrimento, porque sou hipertensa e tive uma gravidez muito complicada. Tanto que tive eclampsia e Emilly nasceu antes do tempo e com baixíssimo peso. Mas graças ao Método Canguru, executado pela equipe competente da Maternidade Santa Mônica, estamos aqui para comemorar e contar a história”, disse Edilene Ferreira, com os olhos em lágrimas.
Presente à cerimônia de certificação da Santa Mônica como Referência no Método Canguru, o secretário executivo de ações de saúde, Paulo Teixeira, agradeceu ao reconhecimento do Ministério da Saúde e ressaltou a dedicação da equipe multidisciplinar da maternidade. “Referência em partos de alto risco, a Santa Mônica é a salvação das gestantes que têm complicações no parto e dos bebês prematuros e com baixo peso. Essa data é muito importante para Alagoas, porque, através de um método de baixo custo, conseguimos mostrar que é possível salvar a vida de centenas de crianças todos os anos”, evidenciou.
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