'Quase perdi a perna', diz ex-paciente atendida por Doutor Bumbum
Brasiliense Magda Maria Cardoso da Silva, 54 anos foi paciente de Denis Cesar Barros Furtado
Uma bioplastia na perna da pensionista Magda Maria Cardoso da Silva, 54 anos, se transformou em pesadelo em 2013. A brasiliense foi paciente de Denis Cesar Barros Furtado, o "Doutor Bumbum", preso e indiciado por homicídio qualificado, nessa quinta-feira (19), após realizar aplicação de silicone nas nádegas de outra mulher, que acabou morrendo no último domingo (15).
A primeira sessão da correção foi feita em Brasília. Já a segunda, afirmou, teve consequências sérias que poderiam ter causado a perda do membro esquerdo de Magda. "Conheci o Denis pela internet. Pesquisava um profissional para fazer uma correção na minha perna esquerda, que era mais fina. O primeiro atendimento foi em um consultório que ele mantinha na Asa Norte de Brasília (DF). E foi tudo tranquilo. Seis meses depois, tive que retornar para fazer a última sessão e foi aí que começou o meu pesadelo", lembrou, ao Extra.
A segunda etapa do procedimento, orçado em R$ 12 mil, foi realizado na casa dele, no Lago Sul de Brasília. "Lembro que na segunda sessão senti uma dor insuportável e minha perna começou a sangrar muito. Minha amiga chegou a questionar o médico e ele disse que era normal. Ele colocou um esparadrapo e me mandou ir para casa. Alguns dias se passaram e a minha perna começou a ficar muito inflamada. Doía muito. Entrei em contato com o Denis e ele disse que estava no Rio e que mandaria uma enfermeira dele levar uma receita médica com antibiótico e anti-inflamatório pra mim, mas nada disso adiantou", contou.
Como os remédios prescritos pelo "Dr. Bumbum" não haviam dado resultado, Magda, que mal conseguida andar, ligou para Denis, que a orientou a não procurar uma emergência. "Ele me disse para não ir ao hospital, porque os médicos não saberiam cuidar do meu problema e só ele poderia me ajudar. Mas não aguentei. E uma amiga acabou me levando para a emergência. De lá, fui transferida para o Hospital das Forças Armadas e passei por mais de três internações por quase um mês. Tive que fazer drenagem e até hoje minha perna não voltou ao normal. Quase perdi a minha perna. Eu poderia ter virado a primeira vítima fatal dele", lamentou.
Após o caso, Magda resolveu entrar na Justiça contra o médico. Ela disse que a mãe dele, que também foi presa, chegou a ameaçá-la. "Ela falou em tom de ameaça que o advogado dela iria tomar a minha 'casinha'. Fiquei muito assustada, mas levei o caso adiante. O processo está correndo até hoje, mas a Justiça nunca conseguiu entregar uma intimação para ele. Agora, espero que a Justiça seja, finalmente, feita", disse Magda.
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