Júri condena acusado de feminicídio em Água Branca a mais de 24 anos
Ministério Público afirmou que a versão apresentada pelo réu destoava do laudo pericial

O servidor público municipal Hélio Marques foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão pelo feminicídio de sua esposa Erivânia Maria Lima Marques, em abril de 2015, no município de Água Branca. O julgamento popular foi conduzido pelo juiz Filipe Ferreira Munguba, nesta terça-feira (4).
Hélio Marques, que estava em liberdade até o momento do julgamento, foi preso e cumprirá a pena em regime inicialmente fechado. O Ministério Público Estadual (MP/AL), representado pelo promotor de Justiça, Rômulo de Souto Crasto Leite, defendeu a tese de homicídio qualificado por feminicídio e motivo fútil.
Durante o júri, o promotor afirmou que a versão apresentada pelo réu destoava do laudo pericial. Hélio Marques disse que estava próximo à vítima ao desferir o tiro “por acidente”, no entanto, o exame mostrou que o primeiro disparo foi dado em média distância, enquanto segundo foi desferido a queima roupa, revelando a intenção do réu.
A defesa solicitou aos jurados a absolvição por clemência do réu alegando que apesar de ter cometido o delito, esse seria um fato isolado, um lapso em sua vida. Alegaram que Hélio Marques seria uma boa pessoa na sociedade e o envio do réu ao sistema carcerário não seria punição devida, já que aquele local é uma recinto de formação de criminosos e ele já teria sofrido a punição por perder sua companheira, além de atentar contra a própria vida.
Entenda o caso
A denúncia do MP/AL afirma que o réu discutiu com a mulher, Erivânia Maria Lima Marques, em sua casa, quando disse a ela que se não houvesse reconciliação, ele seria capaz de atirar. Neste momento, teria efetuado os disparos contra a vítima e em seguida atentado contra si mesmo.
Em interrogatório, Hélio Marques alegou que a agressão foi acidental, o que retiraria a competência do Tribunal do Júri para decidir sobre o caso. No entanto, a decisão de pronúncia destacou que a vítima foi atingida por mais de um disparo.
Durante o processo, a defesa alegou a insanidade mental do acusado. Em uma ação judicial à parte, a Justiça concluiu que o réu não tem nenhum transtorno mental.
Veja também
Últimas notícias

Prefeita de Palmeira dos Índios segue internada, mas com quadro de saúde estável

Criado há três meses, 'Luau do Sipá' conquista multidão ao som de boa música na orla de Maceió

Prefeita Ceci marca presença no Workshop Masterop Travel 2025 para fortalecer o turismo em Atalaia

Deputada Cibele Moura volta a assumir presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da ALE

Audiência mantém impasse sobre Faixa Verde na orla da Ponta Verde, em Maceió

Defeito no ar-condicionado causou mal-estar em crianças dentro de ônibus escolar
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
