Revista divulga depoimento inédito do agressor de Jair Bolsonaro à PF
Adélio atacou o candidato do PSL com uma facada em 6 de setembro, durante campanha em Minas Gerais. Abaixo, veja algumas explicações que o agressor de Bolsonaro deu à PF, que foram divulgadas pela "Veja", sobre o atentado.
Motivo do atentado
“Por divergências ideológicas e respondendo às ameaças que ele tem feito, pelas ideologias que ele acredita, por ameaças de morte… contra pessoas que têm ideologias diferentes das dele. Dos muitos discursos. Discursos racistas, quando fala de negros, quando fala de quilombolas. Tem muita coisa. Tem discursos antissemitas. A gente já ouviu o discurso dele. Discursos contra o povo árabe, basicamente como se todos fossem terroristas, como se o Brasil não pudesse ter relacionamento com o povo árabe, enquanto temos um árabe governando o país, um libanês (refere-se a Michel Temer).”
O planejamento
“A responsabilidade é inteiramente minha, de mais ninguém. (…) Me veio à cabeça. Quando vi nos jornais que ele estaria (em Juiz de Fora). Dois, três dias antes, eu acho. Nem acreditei. Já estava em cima. Resolvi jogar na loteria, digamos assim. Talvez eu conseguisse, talvez eu não conseguisse (atacar Bolsonaro).”
Em nome da religião
“Essa é a segunda razão pela qual eu fiz. Esse bom Deus, esse meu Deus que me ordenou a fazer. O Bolsonaro… Ele é um impostor. É meio cristão, mas não é cristão… Está tentando puxar o público evangélico, recrutar os evangélicos para ser o presidente da República, mas ele é um impostor infiltrado pela maçonaria no meio protestante. Ele não tem nada… Basta fazer uma pergunta para ele em relação à Bíblia.”
A arma do crime
“Parte de um jogo que comprei, para uso doméstico. Tentei levá-la comigo (refere-se à faca), escondida no corpo, escondida na roupa. Tava enrolada num papel de jornal.”
Na hora H
“Um pouco antes, sim (refere-se ao fato de ter ouvido vozes), mas teve um momento que eu quase desisti porque achei que seria impossível a aproximação. Era impossível se aproximar. Quase desisti.”