Empresários temem que apoio a Bolsonaro gere impacto negativo
Após terem demonstrado em público apoio ao candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), alguns empresários decidiram adotar uma posição mais discreta. Entre eles, Meyer Nigri, acionista da construtora Tecnisa, Flávio Rocha, da rede de moda Riachuelo, Sebastião Bomfim, da varejista esportiva Centauro, e Salim Mattar, da locadora Localiza.
De acordo com a reportagem da Folha de S. Paulo, o empresariado optou por recuar formalmente por temer impactos negativos nos negócios.
Embora Bolsonaro seja indicado como líder nas pesquisas eleitorais, a campanha do PSL quer evitar declarações despreparadas que possam atrapalhar o candidato. Qualquer "escorregão ou palavra mal colocada" na reta final pode prejudicar, revelou um dos empresários que pediu anonimato.
Outro empresário avalia que o apoio público ao capitão-reformado foi dado sem medir as consequências. Além destas, entre as motivações para adotar uma postura discreta de apoio estão a preocupação com a segurança da família e o receio de perder vendas diante da violenta polarização no país.
Depois de ter declarado voto em Bolsonaro, Sebastião Bomfim recebeu em troca um vídeo de agradecimento gravado pelo próprio candidato, passou a evitar o assunto. Em resposta à Folha, a Centauro apresentou uma nota dizendo que a rede "não apoia nenhum candidato".
A rede Centauro foi alvo de ameaças de boicote nas redes sociais após Bomfim declarar seu voto.
Rocha, que chegou a participar de um evento ao lado do candidato, desta vez não quis confirmar ou negar apoio ao candidato.
Nigri, da Tecnisa, foi um dos primeiros apoiadores explícitos. No entanto, na quinta-feira (18), a Folha procurou o empresário para comentar o assunto, e Nigri afirmou, em nota, que "não apoia nenhum candidato".
Já o empresário Luciano Hang, das lojas de departamento Havan, um dos maiores apoiadores de Bolsonaro no setor privado, lamenta ser um dos poucos que "não têm medo de dizer o que pensa".
Hang já foi multado em R$ 10 mil pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em agosto por ter contratado serviço de impulsionamento de publicações no Facebook para expandir o alcance de vídeos favoráveis a Bolsonaro. A Havan é suspeita de ser uma das empresas que compram pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp, prática ilegal de doação de campanha.
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