Arapiraca

Abate clandestino volta a crescer em Arapiraca e região

Falta de fiscalização contribui para a clandestinidade

Por 7Segundos 21/11/2018 09h09
Abate clandestino volta a crescer em Arapiraca e região
Abate clandestino volta a crescer em Arapiraca e região - Foto: 7Segundos

No início desta semana a equipe do Portal 7Segundos flagrou um caminhão da Cooperativa dos Açougueiros de Alagoas (Coopaal) transportando carne clandestina do matadouro da cidade de Campo Alegre para o Mercado Público de Arapiraca. A falta de atuação da Vigilância Sanitária tanto no mercado público de Arapiraca como nos pontos de vendas de carne espalhados pela cidade, tem contribuído para o aumento da comercialização da carne sem higiene.

O município de Campo Alegre possui apenas o selo de inspeção municipal, não podendo abater nem comercializar de forma legal animais de outros municípios. Isso por si só já caracteriza ilegalidade.

Além disso, a carne é transportada em temperatura inadequada, chegando ao mercado público sem qualidade exigida pela vigilência sanitária. De acordo com os próprios marchantes, a ausência da Vigilância Sanitária no Mercado Público para detectar essa irregularidades tem sido uma constante.

O crescimento do abate clandestino prejudica os comerciantes que abatem de forma correta, em frigorífico certificado e pagam seus impostos. Quem abate o animal no meio da vegetação ou em locais não autorizados pela municipalidade, comercializa a carne mais barata, tornando concorrência desleal entre os marchantes.

O presidente da Cooperativa dos Marchantes de Alagoas (Coopaal) Marcos dos Santos, afirmou durante entrevista a TV 7Segundos,  que os preços cobrados pelo frigorífico são caros e que muitos marchantes abatem os animais de modo ilegal.

Outra irregularidade é o transporte dessa carne clandestina, sendo realizado em um caminhão cedido pela Prefeitura de Arapiraca. O 7Segundos procurou a Prefeitura para esclarecimentos, que através da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Rural, nos informou apenas que não tem conhecimento do caso e aguarda denúncia formal, embora a situação do Mercado Público esteja exposta à toda população, com riscos de saúde pública.