Alagoas deve perder 100% dos médicos cubanos até 11 de dezembro, diz Cosems
A partir da 2ª semana de dezembro não haverá mais nenhum médico cubano atuando no Programa Mais Médicos em Alagoas. A informação foi confirmada ao G1 nesta segunda-feira (26) pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-AL). 23 profissionais de Cuba já deixaram o estado, e os outros 109 devem ir embora até o próximo dia 11.
Os dados do Cosems são baseados em informações do plano de voo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
De acordo com esse plano de voo, 17% dos médicos cubanos, que trabalhavam em 18 cidades de Alagoas, retornaram à Cuba no dia 22 de novembro.
O presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Jesonias da Silva, afirmou que a saída desses cubanos preocupa a situação das famílias que são atendidas pelo SUS.
“A saída dos cubanos nos preocupa porque, apesar de o governo ter reagido rápido, no sentido de contratar, os médicos brasileiros não tem histórico de compromisso com o povo pobre, eles não querem ir para o Sertão, não querem ir para os municípios pequenos, eles querem trabalhar na capital ou próximo da capital”, disse Silva.
O Cosems não soube informar a quantidade de unidades de saúde prejudicadas nestes municípios, mas confirmou que ainda não há nenhum novo profissional atuando nas vagas dos médicos que deixaram o país.
Segundo o Conselho, em Alagoas 68 municípios contam com 232 profissionais no programa Mais Médicos. 132 médicos eram cubanos que atuavam em Equipes de Saúde da Família (ESF) em 47 destes municípios.
Municípios sem nenhum médico
Os municípios mais prejudicados com a ausência dos profissionais cubanos são Jundiá e Belo Monte. Nestes municípios, as equipes do PSF eram 100% compostas por médicos de Cuba.
Jundiá tinha 2 médicos cubanos, e Belo Monte, 3. Outros 18 municípios contam com mais de 50% das suas equipes compostas por cubanos.
Com objetivo de sanar essa carência, o governo federal abriu inscrições para médicos que desejem integrar o programa.
Contudo, a falta de experiência de alguns dos médicos que estão inscritos no edital para o Mais Médicos, publicado pelo Ministério da Sáude, é um aspecto que preocua o CES.
“Os médicos que estão sendo contratados pelo Mais Médicos são os recém formados, a grande maioria nem registro no Conselho [Regional de Medicina] ainda tem, imagine experiência", afirmou o presidente do Conselho.
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