Saúde

Câncer bucal é um dos mais comuns no Brasil, diz dentista

Por Assessoria 04/12/2018 13h01
Câncer bucal é um dos mais comuns no Brasil, diz dentista
Câncer bucal é um dos mais comuns no Brasil, diz dentista - Foto: Assessoria

Uma ferida na boca, com bordas elevadas, coloração esbranquiçada ou avermelhada, sem dor e de difícil cicatrização pode ser câncer de boca. O autoexame é fundamental no diagnóstico precoce, assegurou a cirurgiã dentista Edileuza de Lima, durante palestra proferida na IX Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Hospital Geral do Estado (HGE).

De acordo com a especialista, a doença atinge principalmente homens, acima de 45 anos. No entanto, a incidência em mulheres que possuem hábitos considerados de risco está aumentando. A estimativa de novos casos de câncer de boca para 2018, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é de 14,7 mil, sendo 11,2 mil homens e 3,5 mil mulheres.

“Atitudes simples como uma dieta rica em alimentos saudáveis e boa higiene oral diminuem as chances de desenvolver os tumores na boca, que são os mais comuns tipos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil”, recomendou Edileuza de Lima.

Também, segundo a cirurgiã dentista do HGE, é importante abster-se de fumo e bebidas alcoólicas, usar proteção solar, executar o autoexame mensalmente e procurar um dentista regularmente. Ao realizar o autoexame, deve-se observar gengivas, bochechas, céu da boca e língua, principalmente as bordas, além da região embaixo da língua. A doença afeta os lábios e o interior da cavidade oral.

“Ao se observar uma lesão que não cicatrize em um prazo máximo de 15 dias, nódulos no pescoço, rouquidão persistente, a orientação é procurar um profissional de saúde, médico ou dentista, para a realização do exame completo da boca. A visita periódica ao um especialista favorece o diagnóstico precoce do câncer de boca, já que permite identificar lesões suspeitas”.

Tratamento

Segundo Edileuza de Lima, 80% dos casos desse tipo de câncer tem cura se diagnosticados no início e tratados da maneira adequada. “Geralmente, o tratamento envolve cirurgia oncológica e/ou radioterapia. A avaliação médica vai decidir qual melhor forma de tratamento”, explicou a cirurgiã.