Após cremação de neto, Lula já retornou para Curitiba
Ex-presidente passou apenas 1h30 na companhia da família durante velório do neto de 7 anos
O ex-presidente Lula deixou a cidade de São Bernardo do Campo na tarde deste sábado (02) após comparecer ao velório e cremação do neto Arthur Araújo Lula da Silva, de sete anos, vítima de meningite meningocócica. Sem falar com a imprensa, Lula pôde ficar com a família por poucas horas e às 13h teve de voltar a Curitiba, onde está preso na Superintendência da Polícia Federal. O petista saiu pela porta dos fundos do cemitério Jardim das Colinas.
O ex-presidente Lula chegou por volta das 11h deste sábado (02) a São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Do Aeroporto de Congonhas, na capital, Lula embarcou em um helicóptero da Polícia Militar rumo a São Bernardo.
Lula teve, entretanto, o direito de passar apenas uma hora e meia com sua família durante o velório. O período de permanência do ex-presidente na cerimônia foi definido em acordo com autoridades para que ele pudesse deixar a prisão. A informação foi divulgada neste sábado (02) por Rosane Silva. Ela integra o diretório nacional do PT e é uma das coordenadoras da vigília realizada por militantes em Curitiba. Segundo ela, Lula participou da negociação dos termos para que deixasse a prisão e fosse ao velório do neto.
Entre familiares e amigos da família Lula, também estão presentes no velório do menino Arthur militantes e políticos, entre eles Fernando Haddad, Dilma Rousseff, Rui Falcão, Eduardo Suplicy, Guilherme Boulos, Ivan Valente, Carlos Zarattini, Alencar Santana e outros.
A entrada dos militantes foi liberada no cemitério. Os militantes foram solicitados para que não se manifestassem dentro do local, em respeito a Lula e a sua família. Antes da liberação, dezenas de apoiadores se aglomeravam na entrada do cemitério para prestar solidariedade. Eles ficaram em silêncio na maior parte do tempo. A maioria também não trajava camisas ligadas a Lula ou ao PT, nem portava bandeiras.
Os apoiadores de Lula se manifestaram apenas em momentos pontuais, como quando foram provocados por um apoiador do presidente da República, Jair Bolsonaro, que apareceu vestindo uma camiseta da campanha.
O artigo 120 da Lei de Execução Penal prevê que os condenados poderão obter permissão para sair do estabelecimento onde estão presos, sob escolta, em razão de “falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão”.
Arthur Araújo Lula da Silva, que morreu aos 7 anos , vítima de meningite meningocócica. Os pais da criança são Marlene Araújo Lula da Silva e Sandro Luis Lula da Silva, filho do petista com a ex-primeira-dama Marisa Letícia.