Ataque à escola particular de Palmeira dos Índios é fake news
Supostas ameaças que circularam em redes sociais são falsas, de acordo com escola
Mensagens que viralizaram em um aplicativo de troca de mensagens, na manhã de hoje, em Palmeira dos Índios, deixaram os pais de alunos da escola Centro Educacional Cristo Redentor aterrorizados. Prints de postagens de dois adolescentes que estudam o Ensino Médio na instituição reforçavam mensagens de que eles estariam planejando praticar um ataque semelhante ao massacre em uma escola em Suzano, que deixou oito mortos e onze feridos no último dia 14.
A informação provocou pânico e o dia de aulas, que começou normalmente, se transformou em um tumulto. "As aulas começaram normalmente. Os alunos entraram na escola, inclusive os dois adolescentes que foram alvo das postagens, e por volta de 8h20 vários pais passaram a vir na escola preocupados com os filhos, depois que essas mensagens viralizaram", afirma a psicóloga do colégio, Vanessa Nascimento.
De acordo com ela, não há motivo para suspeitar que os dois adolescentes estariam planejando algum tipo de ataque como o ocorrido no interior de São Paulo. "Os dois são ótimos alunos, nunca tivemos qualquer queixa em relação ao comportamento deles. O que aconteceu foi que fizeram prints de fotos postadas por eles em suas redes sociais por alguém que usou essas imagens para provocar essa situação. Mas garantimos que tudo está esclarecido e que todas as medidas estão sendo tomadas", informou.
Segundo a psicóloga, uma das mensagens compartilhadas é de que os adolescentes teriam dito "corram mais rápido que minhas armas", mas o print compartilhado mostra a imagem de um vídeo do Youtube com uma música que contem essa mensagem como um dos seus versos.
"Essa mensagem é de uma música de rock que eles gostam. É o gosto musical deles, apenas. Não tem relação ao ocorrido em Suzano, eles próprios esclareceram isso. Assim como a foto de um deles que aparece com uma máscara semelhante à usada por um dos atiradores de Suzano, é uma montagem antiga feita no Photoshop pelo adolescente, antes do massacre da escola. Ele gosta de fazer montagens fotográficas. Faz, inclusive, para os colegas", declarou.
Vanessa Nascimento afirma que, após a viralização das mensagens, vários pais foram à escola buscar seus filhos, mas as aulas não foram interrompidas e a escola irá funcionar normalmente no período vespertino. Assim que o caso chegou ao conhecimento da direção, a promotoria da Infância e da Juventude foi acionada e os alunos que foram alvo das notícias falsas foram levados para dar explicações sobre o caso.
"Eles não entraram com armas na escola e nem a polícia foi acionada, como foi compartilhado nas redes sociais. Os adolescentes dizem que estão sendo julgados por seu gosto musical e por gostar de montagens de fotografias. Até uma terceira adolescente, só porque publicou foto de uma tarântula que encontrou em casa, já foi relacionada ao caso", declarou.
Os dois alunos alvos das fake news saíram da escola acompanhados pelos pais e um deles se dirigiu à delegacia.
De acordo com a psicóloga, o Colégio Cristo Redentor, instituição dirigida por freiras da congregação Amor Divino e com mais de 70 anos de existência e cerca de mil alunos, ainda vai se pronunciar oficialmente sobre o caso por meio de nota. Às 15h, está marcada reunião entre a direção e o promotor Sérgio Vieira Leite, onde serão discutidas providências a serem tomadas sobre o caso.
"Situações como esta servem para alertar as famílias sobre o que é compartilhado nas redes sociais. Os pais precisam acompanhar de perto o que os filhos fazem, que tipo de influências que eles recebem", ponderou a psicóloga.
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