Bovespa fecha em alta acentuada após 'tombo' na véspera
Ibovespa terminou o dia em alta de 2,7%, a 94.388 pontos.
Os mercados reagiram bem aos panos quentes colocados na crise entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O principal indicador da bolsa paulista, a B3, fechou em forte alta nesta quinta-feira (28), após ter cedido mais de 3% na véspera.
O Ibovespa terminou o dia em alta de 2,7%, a 94.388 pontos. Veja mais cotações.
O mercado de câmbio também reagiu positivamente: depois de bater R$ 4 na abertura dos negócios, o dólar encerrou o dia em queda de 1,01%, vendido a R$ 3,9148.
Petrobras e bancos tiveram com ganhos fortes, com as instituições financeiras subindo mais de 3%.
As ações da Vale tiveram dia de sobe e desce, mas encerraram com alta. A empresa anunciou na véspera um lucro líquido de R$ 25,657 bilhões em 2018. O desempenho foi o melhor desde 2011 e representou uma alta de 45,6% na comparação com o ano anterior.
Eletrobras avançou. A estatal de energia informou que teve um lucro líquido de R$ 13,348 bilhões em 2018, revertendo um prejuízo de R$ 1,7 bilhão no ano imediatamente anterior.
Na véspera, o Ibovespa fechou em forte queda de 3,57%, aos 91.903 pontos. Foi a menor pontuação desde janeiro e maior queda diária desde fevereiro.
A crise personificada nos presidentes da República, Jair Bolsonaro, e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que vinham trocando farpas publicamente nos últimos dias, tem preocupado pelos riscos à tramitação do texto que muda regras das aposentadorias.
Mas na tarde desta quinta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que houve "muito ruído de comunicação" em torno da reforma da Previdência, mas que está "muito confiante" de que os poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) sabem "de seu papel institucional".
Guedes deu a declaração após reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tratar da reforma da Previdência. Maia ofereceu um almoço na residência oficial Guedes e ao secretário especial da Previdência Social, Rogério Marinho.
Aliados de Maia também disseram que a crise está 'superada', e que agora o foco deve ser na aprovação da reforma da Previdência.
No cenário externo, a Reuters destaca que preocupações com o ritmo do crescimento global continuam presentes nos negócios, com novidades mais positivas sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China ajudando a sustentar as bolsas norte-americanas no azul.