Agricultura

Presidente da Adeal vai tentar trégua entre marchantes e frigoríficos

Além de combater o abate clandestino, Carlos Mendonça pretende por fim ao desentendimento

Por 7 Segundos 29/03/2019 12h12
Presidente da Adeal vai tentar trégua entre marchantes e frigoríficos
Carlos Mendonça Neto, presidente da Adeal - Foto: Ascom Adeal

O presidente da Agência de Defesa Agropecuária (Adeal), Carlos Mendonça Neto afirmou que pretende intervir no desentendimento entre marchantes e frigoríficos e tentar uma trégua entre as categorias. Para o Portal 7Segundos, ele falou que, mesmo extrapolando as suas atribuições, pretende atuar diretamente na situação entre os comerciantes de carnes de Arapiraca e a Frigovale.

"Arapiraca é o local de onde mais recebo reclamações do frigorífico e de marchantes. Na verdade, acompanho a situação desde antes de assumir a presidência da Adeal. Então, quero estar muito presente para fazer esse meio de campo porque se os marchantes não andarem junto com o frigorífico, ou vice-versa, o trabalho da gente vai ser prejudicado. Precisamos atuar em conjunto para resolver esse problema", afirmou.

Carlos Mendonça Neto, que é advogado por formação, explicou ainda que pretende fechar o cerco contra o abate clandestino em Alagoas. Desde que assumiu o comando na Adeal, em janeiro deste ano, já foram realizadas algumas operações nesse sentido e agora está montando um "centro de inteligência", com o objetivo de identificar e combater os principais pontos de abate clandestino em Alagoas.

Em relação o fechamento das barreiras sanitárias para Sergipe, o presidente da Adeal afirma que os comerciantes das feiras de gado de Batalha, uma das maiores do Sertão, e de Campo Grande, vão compreender que a medida é necessária. "É uma determinação do Ministério da Agricultura que está sendo adotada porque Alagoas vai evoluir para zona livre de febre aftosa sem vacinação. Caso essa determinação não seja cumprida, voltaremos a ser zona de risco desconhecido, e isso ninguém quer", declarou.

O advogado explica que Alagoas e Sergipe estão em blocos diferentes na política de combate à febre aftosa e que o Estado vizinho deve demorar cerca de um ano, ou um pouco menos, para alcançar o status de zona livre sem vacinação e, quando isso acontecer, o trânsito de animais entre os dois Estados volta a ser liberado.   

"Vem muitos animais de Sergipe para as feiras de gado. Mas como é uma situação temporária e para o bem de todo mundo, acredito  que não teremos problemas com isso", disse.