MEC corta 36% da verba do Colégio Pedro II, única escola federal de ensino básico
Com 14 campi nas cidades do Rio de Janeiro, Niteróri e Duque de Caxias, o Colégio Pedro II tem quase 13 mil alunos.
Em nota pública divulgada nesta quinta-feira (2), diretores do Colégio Pedro II informaram que o corte de 36,37% do orçamento informado pelo Ministério da Educação inviabilizará todo planejamento da instituição, fundada em 1837 e até hoje o único estabelecimento de ensino básico federal no país.
“O corte da distribuição dos recursos orçamentários soma R$ 18.571.339,00, referentes aos gastos de custeio (Ação 20RL – Funcionamento de Instituições Federais de Educação). Além de expressiva, a redução do orçamento, por ser abrupta, inviabilizará o planejamento que foi elaborado antecipada e cautelosamente pelos dirigentes dessa instituição”, diz a nota dos diretores, que foram informados do corte nesta quinta-feira.
O corte é parte do projeto do ministro da Educação, Abraham Weintraub, de desmonte da educação pública no Brasil e vai de encontro até mesmo à política educacional pregada por Jair Bolsonaro, de privilegiar o ensino básico, em detrimento às pesquisas nas universidades, que também tiveram corte de 30% nos repasses federais.
Com 14 campi nas cidades do Rio de Janeiro, Niteróri e Duque de Caxias, e Centro de Referência em Educação Infantil, localizado em Realengo, o Colégio Pedro II tem quase 13 mil alunos e é referência desde a Educação Infantil até o Ensino Médio Regular e Integrado.
“Apesar de sermos a única e mais antiga Instituição de Ensino Básico Federal do país, infelizmente, deparamo-nos hoje com o informe desse corte orçamentário que, devido a sua magnitude, terá implicações devastadoras, trazendo danosas consequências para a manutenção de nossa Instituição”, diz a nota.