Reajuste da tabela do Imposto de Renda fará parte da reforma tributária
Técnicos do governo federal ainda não têm estudos sobre impacto econômico

O reajuste da tabela do Imposto de Renda (IR) deve fazer parte da reforma tributária em elaboração pela equipe econômica. A medida foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) no domingo (12) , mas os técnicos ainda não têm estudos prontos sobre o impacto fiscal de isentar mais brasileiros do tributo mais importante do País.
De acordo com fontes da área econômica, a ideia é garantir que essa perda de arrecadação seja compensada dentro da própria reforma tributária . "Tudo vai ser avaliado. Tem impacto fiscal e as compensações a serem feitas", disse um integrante da equipe.
De acordo com um técnico, o reajuste seria feito só no ano que vem e a estrutura atual da tabela seria mantida. Ou seja, continuariam a vigorar cinco faixas de tributação, que vão da isenção à alíquota de 27,5%. Hoje, quem recebe até R$ 1.903,80 é livre do IR. Se o governo reajustar a tabela em 4,04%, o limite aumentaria para R$ 1.980,90.
"A Receita está trabalhando nas orientações do presidente. A intenção da equipe econômica é mesmo ampliar os limites de dedução e reduzir as alíquotas. Tudo isso deve ser incluído na proposta de reforma tributária, mas ainda estão fazendo os estudos", explicou a fonte.
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro chegou a prometer uma mudança ainda mais ambiciosa: elevar o limite de isenção para R$ 5 mil. Rendimentos acima desse patamar seriam tributados por uma alíquota única, de 15% ou 20%. Essa proposta, porém, está em compasso de espera. O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem repetido que a reforma da Previdência precisa avançar para que sua equipe entre no que chama de “agenda positiva”
Ainda não está claro que mudanças poderiam compensar as perdas com o reajuste da tabela do IR. A proposta de reforma tributária capitaneada pelo secretário da Receita Federal, Marcos Cintra , prevê uma substituição de impostos, cujo foco principal é simplificar o sistema de pagamentos de tributos. Cintra defende um imposto único que teria base de arrecadação maior e, segundo ele, impulsionaria a atividade econômica.
A última vez que a tabela do IR foi reajustada foi em 2015, durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Segundo cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), a defasagem acumulada nos últimos 22 anos é de 95,46%. Isso fez com que, na prática, cada vez menos pessoas tivessem direito à isenção de IR no País. Se a tabela fosse corrigida integralmente, o limite de isenção subiria para R$ 3.689,93.
Veja também
Últimas notícias

Após mais de 20 anos, homem é preso em Maceió por latrocínio cometido em Pernambuco

Projeto com relatoria do deputado Fabio Costa quer mais controle sobre presos fora da cadeia

Jovem morre afogado em açude na zona rural de Campo Grande

Hemoal realiza coleta externa de sangue em Maragogi; confira os locais

Acidente envolvendo cinco veículos deixa mulher gravemente ferida na Av. Leste-Oeste

Suspeitos fogem e abandonam drogas e arma de fogo em área de mata em Maceió
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
