Restauração traz novas perspectivas e ampliação de projetos na Escola Manoel André
Unidade de Arapiraca aguardava reforma há sete anos; vice-governador e secretário Luciano Barbosa pediu que estudantes cuidassem da instituição e transformassem suas vidas pela educação

"Se há um caminho para mudar as desigualdades sociais e o futuro da juventude, é por meio da educação". Com essas palavras, o vice-governador e secretário da Educação, Luciano Barbosa, falou da importância da educação na vida dos jovens durante a cerimônia de entrega da reforma da Escola Estadual Manoel André, em Arapiraca, nesta quarta-feira (22).
Em seu discurso, o secretário lembrou aos presentes a diferença que um ambiente reformado faz no cotidiano escolar. "Hoje não é uma inauguração, é uma entrega, entregamos à população um aparato público. A partir desse momento, ele é de vocês, então cuidem dessa escola. Vejo aqui muitos jovens cheios de energia e de sonhos e, para tudo que vocês almejem, existe uma ferramenta indispensável: educação. Esse equipamento vai ajudá-los a superar dificuldades e abrir muitas portas no futuro", disse Barbosa.
Melhorias
O dia foi de festa para a comunidade escolar arapiraquense. Após sete anos de espera, a unidade recebeu uma estrutura digna para que os profissionais e estudantes possam dar continuidade às atividades pedagógicas realizadas no local. Desta vez, além dos reparos básicos, a unidade ganhou três novas salas de aula, paisagismo e um espaço para a realização de atividades físicas, antes praticadas numa praça do entorno. A diretora-geral Adriana da Silva diz que o ambiente reformado traz um leque de novas possibilidades. "A reforma representa um reforço no âmbito de ensino e aprendizagem. Agora, podemos ir além dos projetos que já desenvolvíamos, pois temos o suporte adequado para isso", relatou. Jaciara Vasconcelos, 17 anos, estuda na Manoel André há sete anos e lembra que as condições estruturais da unidade eram precárias: em época de chuvas, as salas sofriam com infiltrações e a maioria dos boxes dos banheiros não tinha portas. "Agora temos mais espaço no pátio, ganhamos uma biblioteca, e, no local onde só tinha terra, agora temos um jardim. A escola se tornou um local mais confortável", resumiu a estudante da 3ª série do Ensino Médio.
Projetos sustentáveis
Após capinagem e trabalho de paisagismo, os estudantes também ganharam um espaço para desenvolver os trabalhos que vinham planejando desde 2018. É o caso do trio Juliano Wesley, Eduardo da Silva e Victórya Albuquerque, que colocaram em prática projetos de preservação ambiental e sustentabilidade, levando benefícios alimentares e econômicos para a unidade de ensino. Inspirado pelo trabalho de um biólogo sergipano, Juliano Wesley é responsável pela Aquaponia, projeto que busca diminuir a escassez de água e incentiva atividades práticas de química, biologia e física. A iniciativa consiste na construção de um aquário que irriga a plantação de pequenas hortaliças, como coentro e cebolinha. Com esse trabalho, Juliano representou a escola na Mostra de Ciências do Encontro Estudantil de 2018 e garantiu o primeiro lugar.
"Fizemos três tentativas até acertamos o modelo certo para a execução da aquaponia. É um projeto totalmente orgânico, excetuando-se o uso da bomba, que tem um consumo mensal de apenas R$ 5. O que é plantado aqui é usado na nossa merenda. O projeto serve também para que nós possamos ver na prática e de forma dinâmica, assuntos relacionados aos que estudamos em sala de aula", comentou Juliano.
Já os trabalhos de Eduardo da Silva e Victórya Albuquerque têm um objetivo em comum: a reutilização da água. A partir da observação do desperdício dos bebedores, ambos elaboraram projetos que buscam dar um novo destino e, de quebra, ajudam a reduzir o consumo da instituição.
"Junto com a professora de química, tivemos a ideia de utilizar a quantidade que seria desperdiçada para regar a horta da escola. A principal dúvida era o que seria plantado nesta horta e, então, foram sugeridas as plantas medicinais, que nos trazem alternativas naturais para problemas de saúde", contou Eduardo.
Por sua vez, Victórya Albuquerque desenvolve o trabalho de compostagem, também aplicado na horta. "Utilizamos os restos de comida para adubar a plantação, excetuando-se restos de frutas cítricas e ossos. Antes de aplicarmos o chorume, misturamos com a água reutilizada para que as plantas recebam a quantidade de adubo suficiente para se desenvolver de forma saudável", explicou a estudante.
Conscientização
Além dos três trabalhos acima citados, a escola realiza oficinas e palestras para alertar sobre os malefícios das drogas lícitas e ilícitas. Mayara Felix é a aluna que está à frente do projeto. "As oficinas têm uma abordagem ampla, o que inclui fotografia, música, artesanato, além de palestras com psicólogos”, disse Mayara.
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