Mais uma vez estudantes, professores, técnicos e representantes de movimentos sociais ocuparam as principais ruas de Arapiraca para protestar contra o corte de verbas federais na Educação e contra a aprovação da Reforma da Previdência. Os manifestantes realizaram a concentração na Praça Luiz Pereira Lima, no Centro de Arapiraca e saíram em passeata pelas ruas do centro comercial.  

A mobilização nacional foi convocada por todas as centrais sindicais do país,  e no município teve o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteal) regional Agreste, do Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual de Alagoas (SindUneal) e representantes dos sindicatos da Ufal, Ifal e de outros movimentos sociais, a exemplo do Movimento Sem Terra (MST).

Durante o protesto, o presidente do SindUneal, Luiz Gomes,  afirmou que a políica do governo federal de cortar bilhões na educação é escandalosa porque  vai inviabilizar, a partir do próximo semestre, o funcionamento das universidades e institutos federais.

 “Nós já tivemos cortes concretos onde alunos que realizavam pesquisas já tiveram as bolsas suspensas. Os cortes vão inviabilizar também  o  pagamento de água, de luz, e de serviços terceirizados. Vai ser iniciado um processo programado de falência das universidades e institutos”, relatou Luiz Gomes.

Ele ressaltou que não somente as instituições federais afetadas pela política de corte do Ministério da Educação (MEC). O  governo federal também cortou recursos na educação básica. “ É inaceitável ! Que futuro vai ter nosso país se não há  investimentos na educação.

O professor Sante Scaldaferri que leciona sociologia no Instituto Federal de Alagoas afirmou que o corte no campus de Arapiraca representa 30%  do  orçamento. No total de 2 milhões previstos, foram cortados 700 mil, afetando diretamente parte  do funcionamento administrativo e de projetos de pesquisa e extensão.