Até a manhã deste sábado (8) nenhum parente apareceu ao Instituto Médico Legal de Arapiraca para fazer o reconhecimento do corpo de José Cledimilson dos Santos, 40, que foi assassinado durante um culto em uma igreja evangélica no povoado Cangandu, zona rural de Arapiraca, na noite de sexta-feira (7). O corpo já passou por exame de necropsia e já pode ser liberado.

Os funcionários do IML estranham a demora para o comparecimento de familiares para solicitar a liberação do corpo para sepultamento. O comum, nestes casos, é que parentes acompanhem a saída do corpo do local do crime e providenciem os documentos necessários para a liberação antes mesmo de a necropsia ser concluída. Em caso de pessoas cujos familiares residem em outra cidade, é comum que parentes procurem o IML por telefone para saber os procedimentos necessários. No entanto, conforme apurou a reportagem do 7Segundos, até às 10h da manhã de sábado, não houve qualquer contato da família de José Cledmilson com o Instituto.

Essa informação reitera algumas suspeitas levantadas após o crime, de que a vítima pode ter sido alvo de pistoleiros. Apesar de os bandidos terem roubado pequenas quantias em dinheiro de outros fiéis que estavam no culto, o fato de a vítima ter sido atingida após alegar que não tinha nada para entregar aos supostos traficantes causou estranheza nos policiais militares que atenderam a ocorrência, que acreditam que o crime pode ter sido executado por pistoleiros que usaram o assalto aos fiéis como “desculpa” para praticar o crime.