Greve dos jornalistas em Arapiraca recebe apoio de entidades sindicais
Categoria paralisou atividades contra proposta de redução de 40% no piso salarial

Em Arapiraca, a greve dos jornalistas contra a redução do piso salarial da categoria continua firme pelo segundo dia consecutivo. Desde a manhã da terça-feira (24), os manifestantes recebem o apoio de várias lideranças sindicais e de representantes de movimentos sociais.
Segundo o dirigente do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal), Tony Medeiros, artistas locais irão manifestar apoio à causa com apresentações na quinta-feira (27), a partir das 8h, na praça Luiz Pereira Lima, em frente à sucursal da TV Gazeta. Até o momento estão confirmados Claudevan da Sanfona, Bastinho da Sanfona, Souza do Acordeon, Marcos Sena, Petrônio Sax, Paulo Vaqueiro, Manu Martins, Jordão Vieira, Rivaldo Voz e Violão, Malba Martins e Penha Melo.
A greve conta com a adesão de 90% dos jornalistas alagoanos e, em Maceió, os manifestantes estão mobilizados em frente à TV Gazeta, TV Pajuçara e TV Ponta Verde, desde a madrugada de terça. Enquanto isso os telejornais são mantidos precariamente com a ajuda de estagiários e freelancers que não aderiram a paralisação e ainda profissionais trazidos de outros Estados pelas empresas. No primeiro dia da greve, a TV Gazeta e o G1 chegaram a veicular que a paralisação foi iniciada porque a categoria não aceitou a proposta das empresas que manteriam o piso salarial para os jornalistas contratados e que haveria um "segundo piso" com três patamares para novas contratações.
O Sindjornal solicitou aos veículos de comunicação, que pertencem à Organização Arnom de Mello (OAB), do senador Fernando Collor de Mello,direito de resposta sobre as informações que "não condizem com a realidade".
Veja a nota na íntegra:
O Sindicato dos Jornalistas profissionais de Alagoas vem esclarecer que as informações divulgadas nos veículos da OAM não condizem com a realidade. Primeiro, porque a categoria não rejeitou o "reajuste" proposto pelas empresas simplesmente por não ter havido proposta de reajuste. Segundo, porque, após 2 meses de negociação, as empresas só tiveram uma única pauta, que foi a redução do piso salarial da categoria. E, sem mudança ou flexibilização de postura, não há acordos possíveis. Informamos ainda que a forma como a nota foi desenhada desconsidera um movimento que teve mais de 90% de adesão. Que fez dois telejornais da empresa irem ao ar gravados - fato inédito em nossa história. Paramos a sucursal da empresa na cidade de Arapiraca, sem contar o esvaziamento de conteúdo provocado nos telejornais que foram ao ar de forma arranjada, sem o menor respeito ao telespectador. Reforçamos que a categoria está disposta a negociar para acabar com a greve o mais rápido possível. Entretanto, esperamos que as empresas formulem propostas que tenham o mínimo de respeito e valorização da atividade profissional de jornalismo. Redução salarial não é pauta, é humilhação.
Além do corte de 40% dos salários dos jornalistas, a OAM vem descumprindo acordos trabalhistas com os jornalistas que foram demitidos nos últimos meses. Em novembro do ano passado, 40 profissionais que trabalhavam no jornal impresso Gazeta de Alagoas, o mais antigo em circulação no Estado, foram demitidos e não receberam sequer pelos dias trabalhados naquele mês. Vários desses jornalistas tinham mais de dez anos de carteira assinada e alguns estavam próximo à aposentadoria.
Ao serem demitidos, os jornalistas descobriram que a empresa não depositava o FGTS que era recolhido todos os meses e, por conta disso, muitos tiveram dificuldades até em acessar o seguro-desemprego. Os jornalistas fizeram acordos com a empresa, homologados pela Justiça do Trabalho, para receber os direitos trabalhistas de forma parcelada, mas a OAM não está pagando o parcelamento aos ex-funcionários.
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