[Vídeo] Estudantes protestam contra paralisação no transporte escolar no Sertão
Educação afirma que atrasos no pagamento estão relacionados a inconsistências nos dados
Estudantes da rede estadual dos municípios de Palmeira dos Índios, Igaci, Estrela de Alagoas, Palestina, Belém, Maribondo e Traipu encabeçaram, na manhã desta terça-feira (23), um protesto contra a paralisação do transporte escolar. Os motoristas, que recebem pela Secretaria Estadual de Educação, cruzaram os braços devido a atrasos nos salários.
A manifestação teve início em frente à escola Humberto Mendes, em Palmeira dos Índios e seguiu pelas ruas do Centro. Os estudantes, que residem na zona rural desses municípios, estão com dificuldade de frequentar as aulas após o final das férias de julho e temem terem o ano letivo prejudicado, em decorrência da paralisação dos transportes escolares. Os motoristas, por outro lado, afirmam que não tem condições de voltar a trabalhar se os salários dos meses de abril, maio e junho não forem quitados. Alguns deles relatam ainda que estão com o salário de agosto de 2015 pendentes.
O problema tem afetado também alunos de outros municípios que necessitam do transporte da localidade onde moram, para as escolas de Ensino Médio, que geralmente ficam localizadas na zona urbana do município. Um grupo de alunos da escola Quintela Cavalcante, em Arapiraca, se mobilizou para buscar um posicionamento da 5ª Gerência Regional de Educação, que informou apenas não ter previsão para que o pagamento dos motoristas seja normalizado.
A Secretaria Estadual de Educação, por meio da assessoria, encaminhou nota informando que o atraso nos pagamentos estão relacionados a inconsistências nos dados apresentados pela empresa prestadora do serviço:
A Secretaria de Estado da Educação informa que o pagamento referente ao mês de abril só depende da liberação da Sefaz. A Seduc tem que auditar as frequências dos motoristas apresentadas pela empresa e no processo do mês de abril foram constatadas inconsistências. O processo do mês de maio, está sendo aberto pela empresa agora e o processo de alguns dias de junho, já que foi mês de recesso das escolas, ainda será aberto pela empresa prestadora de serviço.
Com relação ao ano de 2015, os trabalhadores devem procurar a empresa que prestava serviço à época, que não é a mesma que atua agora.