Limpeza regular da caixa d'água é garantia de saúde
Cuidado periódico evita ocorrência de doenças graves e proliferação de mosquito da denque
Chegar em casa, precisar de água para um banho e, ao abrir a torneira, se deparar com um líquido com aparência de sujo. Essa é, sem dúvida, uma situação que ninguém deseja passar, especialmente após um dia inteiro de trabalho. De primeira, o cliente pode imaginar que o problema é na rede pública de distribuição, mas há grandes chances de o motivo ser a caixa d’água do imóvel.
Sem manutenção, o reservatório pode acumular impurezas que levam à formação de sujeira visível – quando a água sai escura ou com resíduos –, e à contaminação por agentes causadores de doenças como leptospirose, cólera, diarreia, febre tifoide. Se estiver destampado, há ainda o risco de proliferação do Aedes aegypti, o mosquito da dengue.
A boa a notícia é que dá pra evitar tudo isso com a limpeza periódica da caixa d’água. O ideal, de acordo com o Ministério da Saúde, é que o procedimento seja realizado a cada seis meses. Esse compromisso garante a manutenção da qualidade da água armazenada no reservatório, além de evitar danos à saúde da família residente no imóvel ou dos frequentadores do estabelecimento comercial.
“O cliente necessita cuidar, regularmente, das instalações hidráulicas de seu imóvel e adotar o hábito de fazer a limpeza da caixa d’água pelo menos duas vezes por ano”, ressalta Mikael Vasconcelos, supervisor operacional da Agreste Saneamento. O engenheiro explica ainda que a água da rede pública chega às residências e comércios dentro dos padrões de potabilidade estabelecidos pela legislação, o que incluiu a quantidade de cloro adequada para que a qualidade seja mantida até o momento do consumo.
Os cuidados com a qualidade da água começam muito antes da distribuição. A Agreste Saneamento, empresa que atua junto com a Companhia de Saneamento de Alagoas (CASAL) através de uma parceria público-privada para promover melhorias nos sistemas de abastecimento de 10 municípios da região Agreste do estado realiza, todos os dias, mais precisamente a cada duas horas, uma série de testes na Estação de Tratamento de Água (ETA) e ao longo da rede para aferir a qualidade do produto que chega até o cliente.
No total, entre aspectos físicos e bacteriológicos, a companhia realiza sete mil análises mensalmente para garantir que a água distribuída atenda a todos os parâmetros de potabilidade exigidos pelas autoridades. “Trabalhamos focados na garantia da qualidade desse produto vital, que é a água. Nossa rotina inclui rigorosos processos de tratamento, com controle de qualidade em um laboratório que opera na própria estrutura da ETA”, explica Mikael.
Saiba como fazer a limpeza da caixa d’água de forma correta:
1. Feche o registro e utilize toda a água da caixa d’água.
2. Quando a caixa estiver quase vazia, feche a saída e utilize a água que restou para a limpeza da caixa e para que a sujeira não desça pelo cano.
3. Esfregue as paredes e o fundo da caixa utilizando panos e escova macia ou esponja. Nunca use sabão, detergente ou outros produtos.
4. Retire a água suja que restou da limpeza, usando balde e panos, deixando a caixa totalmente limpa.
5. Deixe entrar água na caixa até encher e acrescente 1 litro de água sanitária (2,0% a 2,5%) para cada 1.000 litros de água.
6. Aguarde por duas horas para desinfecção do reservatório.
7. Esvazie a caixa. Essa água servirá para limpeza e desinfecção das canalizações e do domicílio.
8. Tampe a caixa d’água para que não entrem pequenos animais ou insetos.
9. Anote a data da limpeza do lado de fora da caixa.
10. Finalmente abra a entrada de água. Programa-se para efetuar novamente a limpeza após seis meses. A sua caixa d’água está saneada, livre de contaminações