Família solicita ajuda para resgatar doente mental, mas ele acaba morrendo
Segundo a família, prefeitura, Samu e Polícia Militar negaram o socorro
Um caso clássico de burocracia e negligência públicas resultou na morte de um homem de 37 anos que tinha problemas mentais. A família recorreu a vários órgãos públicos na tentativa de resgatar o irmão, mas não obteve êxito. Ele foi encontrado morto em consequência de complicações clínicas após andar 12 kms a pé.
De acordo com relatos da família em uma rede social, o Marcio João da Silva, 37 anos, fugiu de casa na manhã desta terça-feira (26).
Quando ele foi localizado, a família solicitou à prefeitura de Coité do Noia para disponibilizar uma ambulância mas informaram que era necessário solicitar primeiro, a presença da Polícia Militar para acompanhar a ocorrência.
Ainda segundo denúncias da família, ao solicitar o apoio à PM foi informada que era necessário um encaminhamento médico.
Os familiares então, ligaram para o Samu, mas receberam a informação de que não poderia atender essa ocorrência porque o deficiente mental estava andando sem rumo na rodovia, só se ele estivesse parado em algum local.
A família conseguiu que Marcio João parasse em uma igreja do povoado Brejo. Então, novamente, ligaram para o Samu, mas o atendimento, segundo a família, foi negado. A justificativa agora era que a PM deveria estar acompanhando a ocorrência.
Mas após caminhar 12kms embaixo de um sol castingante, o doente mental teve complicações clínicas e morreu.
“Desculpa o meu desababo. Se alguém tivesse ajudado a voltar para casa, talvez ele tivesse vivo”, desabafou nas redes sociais, Adelmo Silva, primo da vítima.