Brasil

Pesquisa revela que votos para liberação dos jogos de azar são maioria no Congresso Nacional

Para os parlamentares, ao legalizar a atividade, o Brasil pode crescer com a arrecadação de impostos, criação de empregos e aquecimento da economia

Por Assessoria 03/10/2019 19h07
Pesquisa revela que votos para liberação dos jogos de azar são maioria no Congresso Nacional
Pesquisa revela que votos para liberação dos jogos de azar são maioria no Congresso Nacional - Foto: Ilustração

De acordo com uma pesquisa, a maioria dos congressistas são favoráveis a liberação dos jogos de azar como jogo do bicho, pôquer, e apostas esportivas.

 

O Paraná Pesquisas perguntou a 238 deputados federais, através de entrevistas pessoais ou telefônicas, entre os dias 27 e 31 de maio deste ano, se eram a favor ou contra a legalização de TODOS os jogos de azar no Brasil, ou seja, a legalização de cassinos, jogo do bicho, casas de bingo, vídeo jogo e jogo online.

De acordo os dados coletados,

  • Dos deputados do Sudeste, 54,9% são favoráveis à regulamentação,
  • Dos deputados do Nordeste, 53,8% são favoráveis à regulamentação.
  • Dos deputados do Sul, 50% são favoráveis a regulamentação e
  • Dos deputados do Norte/Centro-Oeste, 46,9%, são favoráveis a regulamentação

Na Câmara 52,1% dos deputados federais são favoráveis à legalização dos jogos de azar, como cassinos, jogo do bicho, bingos, videojogo e jogo online, principalmente em cidades turísticas ou em locais com baixo índice de IDH ( Índice de Desenvolvimento Humano).

Liberação de Jogos de Azar promete aquecer economia

Segundo o senador Ciro Nogueira (PP-PI), autor de um projeto de lei que propõe a regulamentação da atividade, caso os jogos de azar sejam liberados, diversos benefícios seriam levados à população, como a geração de empregos e arrecadação de impostos.

“Hoje o Brasil é um dos países que mais se aposta no mundo. A sociedade, que poderia estar recebendo os frutos do lado bom do jogo, que é justamente a questão de emprego e renda, a questão dos impostos que eles podem gerar para a economia, a sociedade não recebe. Porque hoje quem se beneficia do jogo no Brasil são as pessoas que atuam na marginalidade. São pessoas que sonegam impostos, pagam a proteção policial, então nós temos um dos países que mais se joga no mundo e a população não recebe os benefícios do jogo como deveria acontecer”, avalia o parlamentar.

O outro lado da moeda

Os jogos de azar sempre estiveram ligados a política, poder, dinheiro e, apesar de todos os benefícios que pode trazer para a economia, a liberação dos jogos em grande escala preocupa especialistas.

Para o advogado Bruno Andrade, deve ser levado em consideração todos os danos que os jogos podem trazer para a população, principalmente com relação aos crimes ocultos que deveriam ser combatidos pelo Estado.

“O artigo 50 da Lei de Contravenções Penais traz também o jogo do bicho como sendo jogo de azar. Ele, pela lei nova 13.155/2015, institui penalidade de R$ 2 mil a R$ 200 mil. O recurso extraordinário 966.177 chegou a combater isso no STF. Porém, a gente não acha um retrocesso, uma vez que tem outros crimes atrelados ao jogo do bicho, como homicídios, organização criminosa e deve ser combatido. Essa é a tendência constitucional da lei”, analisa o especialista.