Bebê morre ao engasgar com pipoca e ficar com milho no pulmão
A bebê ficou internada por 49 dias no Hospital Infantil de Vitória (ES)
Uma menina de 1 ano e 9 meses morreu por complicações após sofrer um engasgo quando comia pipoca, no município de Cariacica (ES). A bebê ficou internada por 49 dias no Hospital Infantil de Vitória e veio a óbito ontem, após ficar com fragmento de milho alojado no pulmão, segundo informou uma parente, que pediu para não ser identificada.
A menina estava na casa da babá, no dia 17 de setembro, quando se engasgou e foi socorrida para o hospital do bairro de Alto Lage. Ela foi atendida e recebeu alta em seguida, mas continuou a passar mal. A família retornou ao pronto-socorro, e a bebê foi transferida para o Hospital Infantil de Vitória, onde foi detectado que havia um grão de milho no pulmão da menina.
A bebê foi submetida a um procedimento para retirada do grão de milho no hospital. Mas, devido ao estado de saúde, saiu do centro cirúrgico direto para o CTI (Centro de Terapia Intensiva) do hospital, onde morreu após 49 dias de internamento.
A família da criança não quis falar com a imprensa. O UOL entrou em contato com a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) e foi informado que a pasta não repassa informações sobre pacientes e nem atendimentos individuais.
O Instituto de Gestão, Inovação e Saúde (IGIS), responsável pela gestão do pronto-socorro de Alto Lage, informou, na tarde de hoje, que a paciente foi atendida na manhã do dia 17 de setembro com o quadro de "engasgo com pipoca". O instituto afirmou que a bebê foi liberada após realização de raio-x de tórax e permanecer por um período em observação.
"No plantão noturno, a paciente retornou, sendo novamente atendida e então encaminhada para o hospital infantil de Vitória", informou o IGIS, em nota, sem explicar o motivo de a menina ter recebido alta médica, mesmo sem a retirada do grão de milho que estava alojado no pulmão — procedimento que foi realizado no hospital infantil de Vitória.
Como socorrer um bebê engasgado
O médico Marcos Ramalho, supervisor geral do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Alagoas, afirma que pedido de socorro para pessoas engasgadas é um dos atendimentos mais comuns no SAMU. Devido ao grau de fatalidade e de incidência, o serviço realiza campanhas em escolas e instituições para que as pessoas aprendam a realizar os primeiros socorros.
Ramalho explica que a primeira ação é acionar o socorro do SAMU e, em seguida, fazer manobras de desengasgo, pois se a tentativa de socorro em casa não der certo a ambulância já estará a caminho. Ele destaca que o engasgo pode ser fatal em poucos minutos e a agilidade no socorro é imprescindível.
O médico ressalta que as manobras para desengasgo são simples e salvam vidas. Ele ensina que, no caso de bebês, a manobra a ser realizada é a Heilimch: o corpo da criança é deitado de barriga para baixo, sobre um dos braços, e é preciso dar "palmadas" entre as escápulas, na região das costas; em seguida, vira-se o bebê para pressionar a região central do abdômen, com as mãos serradas, fazendo movimentos de fora para dentro e de baixo para cima, para que o corpo estranho seja expelido.
"Enquanto a manobra é realizada, a ambulância deverá estar em deslocamento, para garantir o socorro caso a manobra não obtenha resultado, pois o engasgo tem grande chance de fatalidade e, após cinco minutos, a pessoa poderá entrar em óbito. Além disso, caso consiga sobreviver, poderá sofrer sequelas devido ao tempo em que o cérebro ficou sem oxigenação", explica o médico do SAMU Alagoas.
O médico orienta que pais de bebês e crianças observem o tamanho do alimento que oferecem aos filhos para que não haja riscos de engasgos e tamponamento da traqueia. "A recomendação é que os pais ou o cuidador tenham noção que a traqueia do bebê e/ou criança tem diâmetro pequeno e aquele alimento poderá tampá-la. Qualquer substância ingerida tem chance de causar engasgo", explica Ramalho.
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