Weintraub terá de explicar plantações de maconha em universidades
"São plantações extensivas de algumas universidades, a ponto de ter borrifador de agrotóxico", diz o ministro, sem apresentar provas

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, terá de explicar aos deputados nesta semana por que acusou universidades federais de cultivarem plantações de maconha e produzirem drogas sintéticas. Weintraub foi convocado pela Comissão de Educação, por 24 votos a oito. A audiência está prevista para a próxima quarta-feira (11).
As afirmações do ministro foram feitas em entrevista ao Jornal da Cidade Online. “Você tem plantações de maconha, mas não são três pés de maconha, são plantações extensivas de algumas universidades, a ponto de ter borrifador de agrotóxico. Porque orgânico é bom contra a soja para não ter agroindústria no Brasil, mas na maconha deles eles querem toda tecnologia à disposição”, disse.
Autora de um dos requerimentos de convocação do ministro, a deputada Margarida Salomão (PT-MG), coordenadora da Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais, disse que as acusações são irresponsáveis. Weintraub não informou em qual instituição estaria ocorrendo esse tipo de crime.
“O ministro terá a oportunidade de explicar a todos os parlamentares essas informações despropositadas que vem fazendo a respeito das universidades brasileiras. Vamos querer saber onde tem plantio de maconha, onde tem fabricação de drogas, onde está a balbúrdia”, afirmou a deputada.
Weintraub ainda acusou laboratórios de química de produzirem metanfetamina. "Você pega laboratórios de química - uma faculdade de química não era um centro de doutrinação - desenvolvendo drogas sintéticas, metanfetamina, e a polícia não pode entrar nos campi", declarou. Na mesma entrevista, o ministro classificou as universidades de “madraças (escolas muçulmanas) de doutrinação”. Segundo ele, a saída é reduzir o “poder absoluto e hegemônico” das federais.
Na semana passada a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) entrou com uma ação contra Weintraub na Justiça Federal. A entidade pede que ele apresente provas que sustentem suas declarações, informações sobre a quem elas foram especificamente dirigidas. Também cobra quais foram as providências tomadas pelo MEC nos casos divulgados e uma possível retratação do ministro. Segundo a Andifes, as manifestações dadas podem gerar consequências civis para a União e civis e criminais para Weintraub.
Últimas notícias

Filho de ambulante e diarista, médico viraliza com vídeo de formatura no Amapá

Boato sobre chá milagroso leva fiéis a retirar ladrilhos de estátua de São Francisco no Ceará

Identificada vítima fatal de grave acidente em Arapiraca; quatro ficaram feridos

Bolsonaro tem ‘melhora parcial’, mas segue sem previsão de alta

Pai de piloto que morreu em queda de avião em AL soube da tragédia dois dias depois
Veja como cada deputado de Alagoas votou na PEC da Blindagem
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
