Doença misteriosa em MG pode ser envenenamento por metal pesado
Médico toxicologista suspeita, com base nos sintomas dos pacientes que foram divulgados, que não se trata de algo contagioso, mas ingerido
A doença identificada que acometeu ao menos oito pessoas em Minas Gerais e deixou um morto pode ser, na verdade, envenenamento por metais pesados. A avaliação é do diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Anthony Wong.
As vítimas apresentaram dores abdominais, problemas renais e neurológicos. Ao menos seis delas estavam no bairro Buritis, em Belo Horizonte, onde pode ter havido o contato com a substância tóxica.
Com base nas informações disponíveis até o momento, o médico sugere que não tenha sido algo provocado por algum micro-organismo, como vírus e bactérias.
“Como não há relato de febre e diarreia, provavelmente não se trata de algo infeccioso, mas de envenenamento por metal pesado.”
Ele acrescenta que cada paciente adoece de acordo com a concentração que ingeriu do metal pesado e também devido a eventuais problemas de saúde preexistentes.
“Pode ser que seja algo de uma padaria, restaurante, que tenha sido contaminado. É comum que em casos desse tipo mais de uma pessoa na mesma região sejam contaminadas.”
Wong ressalta que é possível identificar metais pesados em exames de sangue e de urina. Existem quelantes para essas substâncias que são usados no tratamento.
Entretanto, eles ”precisam ser administrados o quanto antes”, diz. O homem que morreu tinha 55 anos e esteve com parentes no bairro Buritis durante as festas de fim de ano.
Ele era morador do interior do estado, estava internado em hospital de Juiz de Fora e teve um quadro de insuficiência renal aguda. O genro da vítima está internado na UTI.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que fará diligências para verificar se há indícios de crime, mas ressalta que não houve boletim de ocorrência em relação aos casos registrados até esta quarta-feira (8).
A Secretaria Municipal da Saúde de Belo Horizonte declarou que abriu inquérito epidemiológico para verificar os sintomas e os alimentos ingeridos pelas vítimas.
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