Pai acusa obstetra e maternidade de negligência em Palmeira dos Índios
Médico teria recusado a fazer cesárea e bebê morreu no útero da mãe
O enxoval, apesar de simples, foi feito com muito carinho. Mas agora é motivo de dor e revolta na família de Carlos André Ferreira da Silva, 27. Ele estava na expectativa pelo nascimento do primeiro filho, que ele acabou enterrando um dia depois de o bebê ter nascido morto.
"Estava tudo pronto para a chegada dele. Compramos as coisas, dentro das nossas possibilidades, e a expectativa era grande. Minha esposa fez o pré-natal direitinho e estava tudo bem com ele. Então saber que ele morreu porque houve negligência do médico e do hospital revolta a gente", conta.
Ele relata que a esposa, Jackeline dos Santos Araújo, que tem dois filhos de um relacionamento anterior, fez todo o pré-natal com uma enfermeira obstetra, que afirmava que ela precisaria ser submetida a uma cesárea, devido os partos anteriores também terem sido cirúrgicos. Na tarde de sábado (11), a gestação já havia completado nove meses e a mãe passou a sentir fortes contrações e perda de líquido.
O casal seguiu para a Maternidade Santa Olímpia, que integra Hospital Santa Rita, e o obstetra de plantão, após um exame rápido, informou que a criança nasceria no dia seguinte. Passou um remédio para dor e deixou a gestante em observação na enfermaria.
As enfermeiras fizeram exames em Jackeline dos Santos à meia-noite e às 2h da madrugada de domingo (12). Elas ouviram os batimentos cardíacos e disseram que o bebê estava bem.
"O médico sabia que era para fazer cesárea, mas ele não quis operar e a gente não sabe o porquê. Ela só foi atendida novamente quando mudou o plantão e veio outro médico. Quando ele examinou, disse que o bebê estava morto porque passou do tempo de nascer", conta Carlos André.
Ele conta que, após a notícia que o bebê estava morto, tudo mudou. A esposa dele foi levada para um quarto e teria passado a receber mais atenção do hospital. "Mesmo assim, na hora de fazer o parto, minha sogra quis acompanhar a filha e eles não deixaram. O hospital sabe que meu filho morreu por um erro deles, senão não teriam botado minha esposa em um quarto sozinha, para evitar que os outros pacientes do hospital ficassem sabendo o que aconteceu", declarou.
Carlos André afirma que ainda está muito abalado com a morte do filho e que, por conta disso, ainda não procurou a polícia para denunciar o caso. "Não posso deixar por isso mesmo. Esse médico precisa ser punido, porque senão o mesmo que aconteceu com a gente pode acontecer com outras famílias", ressaltou.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Hospital Regional Santa Rita emitiu a seguinte Nota:
O Hospital Regional Santa Rita e Maternidade Santa Olímpia, vem a público emitir esclarecimento acerca do óbito de recém-nascido ocorrido no dia 12/01/2020, fato este veiculado na imprensa local e nas redes sociais. Sendo assim, sensibilizando-se com a perda da família, informa que a Direção Médica do hospital está tomando todas as medidas que se fizerem necessárias para a elucidação dos fatos veiculados, ratificando o compromisso com a ética, com o atendimento humano e sensível à população de Palmeira dos Índios e região.
A Direção
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