Profissões ditas masculinas podem ser oportunidades para mulheres
Advogada criminalista fala das mulheres na profissão
Há anos as mulheres lutam pelos seus direitos e pela igualdade profissional. Porém em algumas profissões o número de mulheres ainda é muito baixo. Um exemplo é a advocacia criminal. Em Alagoas existem três associações que representam a advocacia criminal, entre os associados a porcentagem de mulheres não atinge 10%. Nessa “minoria” está a advogada criminal Fernanda Noronha, que vê no percentual uma oportunidade.
“As mulheres da atualidade estão cada vez mais voltadas pela igualdade de direitos e oportunidades. Isso reflete uma forma muito clara de feminismo, sobretudo, pelas vertentes de luta por paridade política e a inserção da mulher em posição de destaque. Daí surgem vários questionamentos entre o feminino e o masculino e, principalmente, entre os sexos biológicos, sobre ser igual e fazer coisas iguais aos homens. Será que nós mulheres, somos iguais aos homens em gênero, número e grau? A resposta é óbvia. Claro que não! É inegável que somos capazes de realizar muitas tarefas, ter os mesmos hobbies e atuar ombro a ombro com os homens. Entretanto, inevitavelmente, não somos iguais. E eu adoro ser mulher por isso!!!!”, explica Fernanda Noronha.
Com esse pensamento e sendo a advocacia criminal uma área majoritariamente masculina, a advogada tenta mostrar para as mulheres o lado positivo. “Tento levar esse pequenino percentual de mulheres para o lado positivo: há mais possibilidades e espaços para as mulheres e temos que aproveitar isso”.
“Tento cotidianamente sair do campo do discurso e levar minha contribuição para a prática. Eu quero dizer que a advocacia criminal também é para mulheres, mas, mais ainda, quero ajudar efetivamente. Lá atrás, eu tive pessoas que me ajudaram a construir os meus degraus e hoje não posso me privar de construir o de outras pessoas”, explica.
Pensando em contribuir, Fernanda Noronha possui três princípios básicos de contribuição:
1. Mentoria para novas advogadas. “É quando começo a observar que aquela advogada precisa de um empurrãozinho, um estímulo para o mercado de trabalho”;
2. Avaliação e aprendizado. “Quando a advogada vai entrar nas diligências, nas audiências, quando ela realmente vai estar aprendendo e sendo avaliada dentro daquilo que ela faz melhor. Têm pessoas que são melhores em diligências, outras processualmente, outras em sustentação oral”.
3. Parcerias profissionais. “Observo onde a pessoa realiza o seu melhor trabalho, faço indicações para terceiros ou mesmo realizo parcerias com ela. Se ela é boa processualmente, faço uma parceria para realizar petições. Quando é boa em diligência eu faço parcerias com ela para isso. Quando vejo que tem aptidão para sustentação oral ou em proceder em audiências, faço parcerias que envolvem subir à tribuna. Até que ela mesma começa a mostrar seu trabalho e andar com as próprias pernas”.
As ações de Fernanda Noronha são para que mais mulheres possam ter mais oportunidades, uma vez que a desvalorização feminina existe, mas deve ser mudada.
“Quando ressaltamos igualdade de gênero, estamos destacando que homens e mulheres possuam as mesmas condições, sejam elas sociais, políticas ou econômicas. Se hoje posso fazer o que gosto e consegui me inserir na advocacia criminal, contei com ajuda de veteranos que viram em mim um potencial. Precisamos olhar para o outro e fazer parte da sua construção, sem se deixar cegar pela concorrência ou o medo de passar o seu conhecimento para os demais”, finalizou Fernanda Noronha.
Últimas notícias
Homem é morto a tiros e suspeito é preso em flagrante no bairro Mangabeiras, em Arapiraca
Lula diz que citou Bolsonaro em reunião com Trump: "É passado"
Homem de 25 anos morre afogado em açude de São Luís do Quitunde
Helicóptero com duas pessoas cai em pesqueiro no interior de São Paulo
Cemitério sumido há 200 anos abriga 100 mil corpos de escravizados na Bahia
Homem é assassinado no bairro Petrópolis, em Maceió
Vídeos e noticias mais lidas
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
