Secretário zomba da população falando em criação de necrotério em Palmeira dos Índios
Em meio à pandemia, Marcos Parreco fez declarações que colocaram população em pânico
Um comentário do secretário de Infraestrutura de Palmeira dos Índios, Marcos Parreco, gerou revolta na população. Ele falou sobre a construção de um necrotério no município, em anexo da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. A postagem foi feita num grupo de whatsapp na tarde desta quinta-feira, 07.
Parreco, que é tecnólogo em saneamento, retrucou a postagem de pessoas que criticavam um vídeo da prefeitura sobre a construção em alvenaria de uma pequena sala, em terreno anexo a UPA. “Um necrotério, remanejado, do interior da UPA... kkkkkk”, disparou o representante da gestão do prefeito Júlio Cezar, fazendo referencia ao local que será destinado para cuidar de casos de Covid-19.
De imediato, dezenas de pessoas começaram a lamentar a postura de Marcos Parreco, que foi caracterizada como uma falta de respeito à sociedade palmeirense.
“Em meio à pandemia, certas declarações só fazem criar mais pânico na população. O secretário foi infeliz na brincadeira. A coisa é séria. E ele, como um dos representantes da gestão, tem que saber como se comportar”, enfatizou o empresário Rinaldo Prado.
Já o engenheiro Fernando Tavares também não poupou críticas ao secretário, que é conhecido no município como “bobo da corte”. “Este assunto é sério! Mas parece que a prefeitura não está tendo o devido cuidado com a situação. Não é a toa que um dos primeiros infectados foi o prefeito. Só quero saber se o secretário vai continuar gozando da situação quando tiver algum parente infectado”, comentou.
O advogado Otto Ribeiro, que está com o irmão mais velho internado em Maceió com Covid-19, descreve a inoperância da gestão no trato com o secretário, que utiliza das redes sociais tirar brincadeiras com cidadãos que indicam falhas administrativas.
“É um absurdo, enquanto a população vive momentos de pânico com risco de saúde e financeiro. A gestão municipal encontra-se inoperante, onde a única ação visível é uma simples fila bancária, diga-se de passagem, mal organizada. Quando cobramos, somos respondidos com gargalhadas pelo secretário. Uma total falta de respeito com o contribuinte que paga o salário dele”, desabafou.
A assessoria de comunicação da prefeitura foi procurada para falar sobre o assunto, mas até o fechamento da matéria não respondeu aos questionamentos da nossa reportagem.