Chamada de burra, Dilma ganha indenização de R$ 60 mil de cursinho
Um cursinho de Minas Gerais terá de indenizar a ex-presidente Dilma Rousseff em R$ 60 mil após ter se referido à petista como burra. A Estratégia Concursos usou sem autorização uma imagem da ex-presidente em um anúncio com a chamada “Como deixar de ser burro e vencer as dificuldades no estudo”. A publicidade trazia ainda uma foto do escritor bolsonarista Olavo de Carvalho, apontado como inteligente.
A juíza Gislene Rodrigues Mansur, da 17ª Vara Cível de Belo Horizonte, concluiu que a imagem de Dilma foi usada de forma ofensiva à sua honra. O cursinho ainda pode recorrer da decisão.
“De todo o exposto, conclui-se que, ao violar o direito de imagem da parte autora, a ré o fez violando-lhe também o direito à honra, conspurcando-lhe a dignidade, eis que teve seu sentimento pessoal e a sua consideração social diminuídos publicamente, exposta que foi ao ridículo de forma sarcástica, o que, por certo, causou-lhe constrangimentos e humilhação. Por essa razão, devem ser indenizados os danos decorrentes do próprio uso indevido de seu direito personalíssimo à imagem e da ofensa à sua honra”, determinou a juíza.
> Dilma vai processar autor de foto na primeira classe do avião
A empresa alegou, em sua defesa, que a publicidade fazia parte de uma campanha que tinha como objetivo divulgar um evento e atrair o público para uma discussão sobre a educação no Brasil. Disse ainda que não teve intenção de ofender os consumidores e, sim, de “estimular o estudo e à busca pelo que se deseja” e que “pessoas públicas devem suportar o ônus de terem suas condutas e seus atos submetidos à publicidade e a críticas, não havendo que se falar em violação a qualquer direito subjetivo”.
O cursinho afirmou, ainda, que a imagem da ex-presidente não fazia referência à sua vida pessoal, mas à sua atuação política, e que o seu uso não foi comercial porque o curso oferecido era gratuito.
Na decisão, assinada no último dia 18, a juíza ressaltou que o uso da imagem de uma pessoa para campanha publicitária depende de autorização, seja ela figura pública ou não, respeitados os direitos à dignidade e à honra. Gislene rejeitou o pedido de retratação feito pela defesa porque, na avaliação dela, isso só agravaria o dano. “Publicação outra em retratação, ao contrário do intento da parte autora, apenas acarretará uma maior exposição de sua imagem e, ao contrário do almejado, recrudescerá os danos à sua honra.” Dilma foi defendida na ação pelo escritório do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão.
Veja também
Últimas notícias
MEC avalia realizar prova do Enem em outros países do Mercosul
Defesa de Bolsonaro vai entrar com novos recursos, mas já prepara laudos médicos para prisão domiciliar
Homem é preso pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e violência doméstica em Arapiraca
Há mais de um ano, médica que matou ex-marido denunciava abusos contra a filha em Arapiraca
Jovem casal é preso acusado de tráfico de drogas no município de Jundiá
Secretaria do Trabalho oferece mais de 2,5 mil vagas esta semana no Sine Alagoas
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
