PIB brasileiro encolhe 1,5% no 1º trimestre impactado pela Covid-19
Economia brasileira voltou aos patamares de 2012

A economia brasileira encolheu 1,5% no primeiro trimestre de 2020 em relação aos três meses anteriores, impactada pelas medidas de distanciamento social contra o novo coronavírus. O número foi divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em valores correntes, o Produto Interno Bruto (PIB), que é soma dos bens e serviços produzidos no Brasil, totalizou R$ 1,803 trilhão de janeiro a março.
Na comparação com igual período do ano passado, o PIB caiu 0,3%. Já no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março, a economia cresceu 0,9%, na comparação com os 12 meses imediatamente anteriores.
O resultado é o pior para o trimestre desde o segundo trimestre de 2015, quando a atividade caiu 2,1%, e interrompe uma sequência de quatro trimestres de crescimento. Com isso, a economia voltou a um patamar próximo ao que estava no segundo trimestre de 2012.
A queda foi puxada principalmente pela contração de 1,6% do setor de serviços, responsável por 74% da composição do PIB pela ótica da oferta.
“Aconteceu no Brasil o mesmo que ocorreu em outros países afetados pela pandemia, que foi o recuo nos serviços direcionados às famílias devido ao fechamento dos estabelecimentos. Bens duráveis, veículos, vestuário, salões de beleza, academia, alojamento, alimentação sofreram bastante com o isolamento social”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Ainda pelo lado da oferta, a indústria sofreu contração de 1,4%, puxada principalmente pela extrativa e pela construção. Já agropecuária cresceu 0,6% no primeiro trimestre.
Pela ótica da despesa, o consumo das famílias diminuiu 2,0%, na maior queda desde 2001. Sob esse recorte, os gastos das famílias representam 65% da composição do PIB. "Foi o maior recuo desde a crise de energia elétrica", destacou Rebeca.
Já os investimentos, medidos pelo indicador formação bruta de capital fixo, aumentaram 3,1% de janeiro a março, enquanto os gastos do governo ficaram praticamente estáveis, com alta de 0,2%.
Na balança comercial, as exportações brasileiras de bens e serviços caíram 0,9% , e as importações subiram 2,8%.
“As exportações foram bastante prejudicadas pela demanda internacional. Um dos países muito importantes para a gente que tem afetado nossas exportações é a Argentina. E a China também, que no primeiro trimestre foi o primeiro país a fechar as fronteiras. Então as nossas exportações foram bastante afetadas”, explica Rebeca.
Veja também
Últimas notícias

Sesau discute fluxo de acesso a medicamento que evita infecções em recém-nascidos

Mulher é vítima de ameaças por parte do ex-companheiro em Olho d’Água do Casado

Entregadores por aplicativo protestam na Avenida Fernandes Lima, em Maceió

Paraguai investiga ataque hacker do Brasil, que culpa gestão Bolsonaro

Protagonismo das vereadoras na Câmara de Maceió fortalece a defesa pelos direitos das mulheres

Compras em sites internacionais ficam mais caras, a partir desta terça (1º), em AL
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
