Aumento de consumo de queijo durante pandemia eleva preço do quilo e consumidor sente no bolso
Queijo Mussarela que era encontrado por R$ 23,00 chega a R$ 37,00 em Arapiraca
O consumidor sentiu no bolso que o quilo do queijo aumento em Alagoas. Desde o começou da pandemia os preços foram aumentando semanalmente, porém, nos últimos dias, os valores deram um salto. Os queijos mais consumidos são o coalho e mussarela, e todos aumentaram. O Portal 7Segundos foi em busca de respostas para o aumento.
De acordo com Matheus Medeiros, proprietário do laticínio Queijo Mania, localizado em Arapiraca, na Região Metropolitana do Agreste de Alagoas, a pandemia aumentou a demanda pelo consumo de derivados do leite. “As pessoas estão mais tempo em casa, e estão consumindo mais, a procura aumentou bastante”.
Essa demanda fez com que grandes empresas procurassem os pequenos produtores para comprar a matéria-prima, o leite, oferencendo um valor maior para o produto. “Antes um litro de leite variava entre R$ 1,20 e R$ 1,30, hoje está chegando a quase R$ 2,00, prejudicando os pequenos produtores, porque a empresa chega no curral oferendo até 70 centavos a mais pelo litro, e o pequeno agora, também vai ter que comprar por esse valor mais caro”, diz Matheus.
“A maioria dos queijos vendidos em Arapiraca são de laticínios familiares que agora estão comprando o leite muito caro, por causa da oferta das grandes empresas. Para se ter uma ideia, para fazer um quilo de queijo coalho, são necessários 10 litros de leite. Com o aumento exorbitante do leite, o valor do queijo tem que aumentar”, explica o empresário.
Com essa oferta de compra das grandes empresas o preço também foi repassado aos pequenos latícinios, e por isso o aumento exorbitante.
Em Arapiraca, antes da pandemia, o quilo de queijo coalho variava entre R$ 20,00 e R$ 23,00, hoje é encontrado por valores entre R$ 26,00 e R$ 29,00, já o Mussarela variava entre R$ 24,00 e R$ 27,00, e hoje está sendo encontrado por valores entre R$ 30,00 e R$ 37,00.
Mesmo com o valor mais alto, o empresário diz que a procura continua. “As pessoas estão mais em casa, pedem mais delivery e acabam consumindo mais, mesmo sabendo que estão pagando um valor bem maior do que a antes da pandemia”.