Criança de 5 anos de Coité do Noia precisa de ajuda para passar por cirurgia de hérnia em SP
Mãe conta que município se recusou a fazer a operar criança devido a pandemia e opção é tentar em São Paulo
Uma mãe da zona rural de Coité do Noia luta para que o filho de cinco anos seja submetido a uma cirurgia de hérnia abdominal. Após a recusa do município em operar a criança, ela vai com o filho para o município de Caetano do Sul, em São Paulo, tentar a cirurgia lá. As passagens para a próxima quarta-feira (05) já foram compradas e lá ela e o pequeno Enzo Gabriel irão ficar em casa de parentes, mas como não sabem quanto tempo irão precisar ficar e nem se terão algum custo para a cirurgia, estão precisando de ajuda financeira.
“Meu filho é um guerreiro, tudo que ele já passou mostra a força que ele tem. Ao mesmo tempo é uma criança cheia de alegria como todas as outras, que adora brincar, correr, e a gente tem que sempre tomar cuidado, para não piorar ainda mais o problema, que só pode ser resolvido com cirurgia”, conta a mãe da criança, Siolande Silva Santos, 32.
A hérnia abdominal, que ocorre quando parte de um órgão como intestino ou tecido gorduroso invade local indevido, geralmente é decorrente de esforço extremo. Mas no caso de Enzo Gabriel é consequência das cirurgias a que ele foi submetido no ano passado para tratar uma apendicite estrangulada. Siolande conta que ele foi submetido a primeira cirurgia e devido a complicações, quatro dias depois precisou ser operado novamente, em um hospital de Arapiraca. “Ele passou 40 dias [com a cirurgia] aberta e depois foi operado de novo para fechar. Só que ele teve complicações de novo e passou por outra cirurgia em Maceió. Todo esse processo foi muito traumático para a gente”, conta.
Quando mãe e filho, que moram no povoado Cruzes, pensaram que o problema de saúde finalmente tinha sido superado, em janeiro deste ano Enzo Gabriel passou a apresentar uma protuberância na barriga, que foi diagnosticada como hérnia. Para evitar que a protuberância aumente de tamanho, a criança passa o dia usando cinta e Siolande tem cuidados redobrados para evitar que ele faça qualquer tipo de esforço físico.
Como o problema é decorrente das cirurgias anteriores, a operação não é tão simples como as do caso de hérnia comum. “Não entendo muito bem, falam que talvez seja necessária a colocação de uma tela. Tentei várias vezes na prefeitura, mas eles disseram que não estão operando por conta da pandemia, mas nem pediatra tem em Coité do Noia. Meu filho teve que ser atendido por médicos de adulto”, relata a mãe.
Sem recursos para fazer a cirurgia na rede particular e sem opções, ela resolveu arriscar e ir com o filho para o interior de São Paulo. Ela afirma que, de acordo com parentes que moram em São Caetano do Sul que informaram que lá, esse tipo de cirurgia continua a ser feita pelo SUS, mesmo no período de pandemia. Ela conseguiu as passagens e vai viajar com o filho na quarta-feira, dia 05 de agosto.
“A gente vai ficar na casa de parentes lá, mas como estou desempregada, não tenho nenhuma reserva para a gente se manter. Também não sei se vamos conseguir a cirurgia e nem quanto tempo iremos precisar ficar por lá. Por conta disso, meus amigos começaram uma campanha nas redes sociais e entraram em contato com a imprensa”, conta.
Para ajudar Siolande, pode entrar em contato com ela pelo telefone 98179-3460, ou então por meio de depósito ou transferência bancárias de qualquer valor em conta bancária:
Caixa Econômica - conta corrente
Titular: Silvanea Silva S Justino
Agência: 4564
Op: 001
C/C: 23102-5