Israel fez um ataque aéreo a alvos na Síria nesta quarta-feira (18). Os israelenses tentam sinalizar que seguirão com ofensivas militares no país vizinho, mesmo com a derrota eleitoral de um aliado político, o presidente Donald Trump.

Nos últimos anos, com alguma regularidade, Israel lançou mísseis em pontos na Síria onde, acredita-se, há centros onde os iranianos exercem algum tipo de influência.

No ataque desta quarta-feira, ao menos dez pessoas morreram, e cinco eram iranianos, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Esses iranianos eram membros das Forças Quds, uma força do Irã especializada em conflitos em outros países.

Trump apoiou os ataques de Israel durante seus anos na presidência dos EUA. No entanto, as projeções apontam que o próximo presidente será Joe Biden.

O ministro da Inteligência de Israel, Eli Cohen, afirmou em uma rádio que Biden precisa se questionar quais são os objetivos do Irã na Síria.

Retaliação por ação nas Colinas do Golã

Oficialmente, Israel fez a ofensiva como retaliação a operações dos sírios que colocaram explosivos perto de uma base militar dos israelenses nas Colinas do Golã, uma região que é disputada pelos dois países.

Oito alvos do exército sírio e das Forças Quds foram atingidos em áreas como as Colinas do Golã e a periferia da cidade de Damasco.

Segundo os israelenses, havia um local militar secreto que hospedava delegações de iranianos.

Um ex-comandante militar da Síria disse à agência Reuters que bases do Hezbollah também foram atingidas.

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, nunca reconheceu se há forças iranianas que atuam em seu território.

Veja também

ESPERANÇA

Israel anuncia descoberta de anticorpo para o coronavírus

Internacional

Colinas de Golã voltam a ser foco de tensão entre Israel e Síria

TRAGÉDIA

Explosão em depósito de armas mata 39 pessoas na Síria

Perdas

Custo da guerra na Síria chega a quase US$ 400 bilhões, diz ONU

Mundo

Suposto ataque terrorista em Viena deixa pelo menos uma pessoa morta

Mundo

Armênia, Azerbaijão e Rússia assinam acordo para encerrar conflito